Translate This Blog To Your Language!

Gostou? Então curte aí no FaceBook!

sábado, 26 de novembro de 2011

A TRANQUILIDADE DAS OVELHAS

  Texto retirado da Internet.
Além de servir para reflexão dos leitores, ele vai especialmente para os meus alunos e ex alunos que a partir de amanhã estarão fazendo o Vestibular da UFRN! Que o texto os ajude a manterem-se calmos e tranquilos.


A Tranquilidade das Ovelhas

"Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia," Salmos 91:5


A noite estava escura, céu sem estrelas. 
De vez em quando ouvia-se o uivo de um lobo bem longe, misturado com o barulho do vento. 
As crianças reunidas na tenda do Mestre Benjamin estavam com medo. 
Mestre Benjamim sentiu o medo nos seus olhos. 
Foi então que uma delas perguntou:

-Mestre Benjamim, há um jeito de não ter medo? Medo é tão ruim!

Mestre Benjamim respondeu:

-Há sim... E ficou quieto. 

Veio então a outra pergunta:

-E qual é esse jeito?
-É muito fácil. É só pensar como as ovelhas pensam...
-Mas como é que vou saber o que as ovelhas estão pensando?

Mestre Benjamim respondeu:

-Quando durante a noite, as ovelhas estão deitadas na pastagem, os lobos estão à espreita. E eles uivam. As ovelhas têm medo. Mas aí, misturado ao uivo dos lobos, elas ouvem a música mansa de uma flauta. É o pastor que cuida delas e não dorme nunca. Ouvindo a música da flauta elas pensam: 

Há um pastor que me protege. 
Ele me leva aos lugares de grama verde
E sabe onde estão as fontes de águas límpidas.
Uma brisa fresca refresca a minha alma.
Durante o dia ele me pega no colo e me conduz por trilhas amenas.
Mesmo quando tenho de passar pelo vale escuro da morte eu não tenho medo. 
A sua mão e o seu cajado me tranqüilizam.
Enquanto os lobos uivam, ele me dá o que comer.
Passa óleo perfumado na minha cabeça para curar minhas feridas.
E me dá água fresca para sarar o meu cansaço.
Com ele não terei medo, eternamente...
(Salmo 23, paráfrase)

Mestre Benjamim parou de falar. 
Os olhos de todas as crianças estavam nele. 
Foi então que uma delas levantou a mão e perguntou:

-E os lobos? Eles vão embora? Eles morrem?
-Os lobos continuam a uivar. E continuam a ser perigosos. O pastor não consegue espantar todos eles. E por vezes eles atacam e matam. Mas as ovelhas, ouvindo a música da flauta do pastor dormem sem medo, não porque não haja mais perigo, mas a despeito do perigo. Não há jeito de acabar com o perigo. Mas há um jeito de acabar com o medo. 
Coragem é isso: dormir sem medo a despeito do perigo...

As crianças voltaram para suas tendas e dormiram sem medo, pensando nos pensamentos das ovelhas. 
De vez em quando, lá fora, ouvia-se o uivo de um lobo faminto.
Desde então, tornou-se costume contar ovelhinhas para dormir.

Estarei com todos vocês em pensamento!
Rodrigo.

domingo, 20 de novembro de 2011

PUDE TE ENSINAR A VOAR...


Encerra-se um ciclo.

Durante três anos, praticamente, acostumei-me a ver alguns rostos que, com o passar do tempo, iam ficando cada vez mais familiares. Durante esses três anos, meus olhos não conseguiram distinguir tanto as mudanças que lhes ocorriam, tão comum à fase vivida. Quando me dei conta, estavam um pouco diferentes. Eles com um pouco a mais de barba e músculos. Elas com andar de mulheres e olhos penetrantes. Para onde foram aquelas crianças? Espero, do fundo do meu coração, que para canto nenhum. Permanecem ainda neles, guardadas num local especial do Espírito. Sem elas, eles não serão os mesmos. Não serão os que eu conheci e não serão aqueles que me cativaram. Ahhh Dona Raposa... Você e sua ideia maluca de "cativar"... Cá estou eu agora, que nem tu... com o peito dolorido. É... eu sei que valeu a pena. Eu sei que a escola não costumava representar muito para mim, e que agora, por causa deles, sempre que eu encontrar uma sala de aula, lembrarei deles. Foi bom que eles me tenham cativado. Eu creio que os cativei também. Somos únicos uns para os outros.

Tudo começou em 2009.

 1ª Série de 2009 - CAdE

Eu entrei em uma sala de aula cheia de "crianças"... Tive que aprender a lidar com eles. Não tive muitas escolhas, e não foi muito difícil. Decidi ser eu mesmo. Parece que deu certo. Foi um ano de aprendizados. Naquele ano nós já nos tornamos amigos. Brigamos uma vez, é bem verdade. Mas como toda verdadeira amizade, tudo se consertou.

Foi um mundo de descobertas e aprendizados. Das duas partes, que fique claro. Descobri uma qualidade minha que não sabia que era tão forte: sou paciente! Nos divertimos em sala de aula, cantamos, sorrimos, fizemos festa, ajudamos uns aos outros. Tivemos até uma música tema (Por quem os sinos dobram - Raul Seixas): "Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz, coragem, coragem, eu sei que você pode mais!

Terminamos o ano muito bem. Nas férias a saudade se fez presente e em 2010 começamos o ano com uma surpresa:

2ª Série A e 2ª Série B

2ª Série A - 2010

Duas turmas agora (acrescentando-se a elas os muito bem vindos novatos). O que era bom, conseguiu ficar melhor. Duas turmas. Quatro aulas semanais em cada. Oito horários por semana para eu estar com eles (e ainda ganhar pra isso?? Estou na Profissão certa!).
Aos poucos cada turma (agora um pouco mais crescidos e maduros) foi mostrando suas características. A rivalidade nasceu, mas mal sabiam elas que eles dividiam comigo a mais linda de suas qualidades: AMIZADE. Mostraram-me como duas turmas tão diferentes podiam me conquistar de uma forma tão linda. Tão preciosa. E conquistaram!

2ª Série B - 2010

Crescemos em cada Momento de Reflexão. Paramos a aula algumas vezes para conversar sobre a vida. Dividimos nossos problemas. E aí veio o primeiro baque para mim... Quase nenhum deles soube. A "psicologia" dizia que não era saudável o relacionamento mais próximo entre Professor e Alunos. "Se o Professor estiver sentado em um local fora da escola, e um aluno aparece, o 'código de ética' do Professor diz que ele deve se levantar e ir embora!" Eu concordei com a cabeça, em silêncio. O que falar diante de tamanho absurdo? Para mim, "Código de Ética" do Professor é entender o aluno. É ajudá-lo se preciso for e respeitar o espaço que pertence apenas ao próprio aluno. Ele tem família. Ele tem pais. Ele tem amigos. Mas se nenhum desses grupos o ajudarem, a quem ele deve recorrer? No meu caso, seguindo o MEU "Código de Ética", ele tem o Professor. Mas não vou negar que deste pequeno caso, aprendi alguma coisa, e isso foi muito bom também.

Chegou o final de 2010, e com ele o primeiro baque da separação. Os meus primeiros alunos, a primeira turma que lecionei por todo um ano, estava crescida. Estavam indo, em 2011, para o Pré-Vestibular. Eles iriam escolher o que queriam ser "quando crescessem"... Tão estranho pensar que o "quando crescessem" havia chegado. Doeu. Doeu sim e não tenho vergonha em dizer. Choramos, as duas turmas, no último dia de aula. Nos abraçamos. Agradecemos. Sorrimos também. Uma nova fase estava para começar. E começou...

3ª Série de 2011

 3ª Série de 2011

Eles se reuniram novamente em turma única. Alguns tiveram que sair por motivos justos. Outros que eu nunca consegui entender... e esses fizeram tanta falta. Os Professores mudaram. Eu me tornei mais Amigo do que Professor. Aos poucos, o nome "Professor" ia sendo deixado de lado (até com um pouco de incentivo meu), e "Sensei" foi prevalecendo. Virei o Professor de plantão de dúvidas! Antes da prova começar, se me viam parado em algum canto, logo sentavam junto para que eu tirasse alguma dúvida pendente. Isso me agradava. De alguma forma parecia que 2009 e 2010 estavam de volta. Mas não estavam. Ao soar do toque, eu ia para uma sala diferente da deles. Sala dos Professores? Nunca gostei muito. Sempre chego meia hora antes do toque e fico no banquinho do pátio da escola, distribuindo "bom dias" aos que vão chegando.

Um dos fatos curiosos de 2011, foi a aproximação com estudantes que sequer foram meus alunos. Alguns deles, de um instante para outro, pareciam ter cursado os anos anteriores comigo, e isso foi muito bacana!

Ano de Vestibular... muitos ficaram mais sérios, e a medida que o final do ano ia chegando, a preocupação era o sentimento mais nítido em seus rostos. Mas outro tipo de perturbação me incomodava. Justamente o final do ano. Tá, tudo bem que eles não eram mais meus alunos, mas ainda assim o encontro era semanal na escola. E em 2012? Como será? Simples... será diferente. É como se desde o início, eu os tivesse ajudado a cruzar uma Ponte. Durante dois anos os ajudei. No terceiro, eles conheciam o caminho pelo qual deveriam seguir, e na verdade surgiram até outros guias. Eu tinha que voltar ao início da Ponte para ajudar outro grupo que precisava atravessar também. Entretanto, mesmo do outro lado da Ponte, ainda dava para segui-los com o olhar. Ahhh e eu segui sim! Eles saíram das minhas mãos... Mas nunca de meus olhos. Ainda cuidava de muitos deles dessa forma.

Acontece que a partir de agora eles não estarão mais ao alcance de minha visão. E agora? E se passarem por algum aperto? E se precisarem de um conselho? E se tiverem vontade de chorar e não encontrar pessoas ao redor para ajudá-los? ... E agora? Agora é com eles próprios. Têm suas próprias pernas. Têm seus próprios braços. Terão seus próprios ferimentos. Terão seus próprios aprendizados. Não posso mais dizer onde está o caminho mais longo, ou o mais difícil ou onde pode haver armadilhas. Terão que VIVER!

Não posso ser egoísta! Na verdade, não sou!  Sei como é difícil, mas também sei como será necessário. Minhas mãos não os alcançam mais. Meus olhos não os alcançam mais. Será meu Espírito que estará algumas vezes com eles. Sim... este é Maior. Este tem essência divina. Pode estar em qualquer lugar que eu queira. E já sei onde quero que ele faça uma visita sempre: Ao lado deles!

Resta-me a guardada esperança que eles estarão bem. Que nos encontraremos em qualquer lugar, seja num supermercado ou num veraneio anos à frente. Resta-me a vontade de torcer para que quando este dia chegar, os encontre bem. Restam-me as lembranças. Restam-me as Saudades. Assim como restam-me os reencontros.

1ª Série CAdE - 2009 (as mesmas 2ªs Séries A e B de 2010 e a 3ª Série de 2011) : Saibam que vocês me fizeram perceber que eu amo a minha Profissão. É hora de dar um "Até logo" mais demorado. Mas não será  o último! O reencontro é certo para os que são AMIGOS.

Um ditado uruguaio finaliza bem esta postagem:

"Pude te ensinar a voar... Mas não posso seguir teu vôo!"

Que Deus os guarde por todo o Sempre.
Amém!

Vídeo em homenagem a vocês, com uma parte da nossa História de três anos...

domingo, 13 de novembro de 2011

EU POR MIM MESMO...

Apenas uma poesia que diz muito sobre mim...

QUEM SOU EU?
Lembro-me de ter feito esta mesma pergunta há alguns mil anos atrás... Não lembro se cheguei a alguma resposta, mas continuo tentando. Sou o mesmo espírito de séculos atrás, pois sou imune ao tempo, que é criação humana. Sou criação do Universo. Nasci de Deus. Sou cheio de defeitos e qualidades. Sou egoísta às vezes. Sou amigo sempre. Sou alheio às religiões. Sou adepto de Deus. Preferia salgados aos doces. Prefiro doces aos salgados. Sinto. Choro. Escrevo. Ensino e sou ensinado. Sou professor e tenho professores. Sou mestre. Sou aprendiz. Gosto da fantasia dos desenhos. Não gosto muito da realidade do mundo. Ponho no meu mundo real a fantasia dos desenhos. Sou forte quando estou com minha armadura. É raro me despir dela. Gosto de sorrisos. Adoro sorrir. Gosto de ouvir. Tenho Amigos. Não sei dirigir um carro. Estou aprendendo a dirigir minha Vida. Sucumbo a vontades. Gosto de dormir no escuro. Gostava de dormir com luz acesa. Escuto muito música. Aprendi a ter orgulho. Escolho minhas companhias. Nunca usei drogas. Sou o menino com medo de dentista. Sou o Homem sem medo dos gigantes. Não tenho medo da morte, apenas não queria morrer cedo. Tenho medo do sofrimento. Falo inglês, mas acho o italiano mais bonito. Não pratico esportes, porém já fiz futebol, basquete e natação (por um dia). Amo minha vida e minha existência. Quero fazer a diferença no mundo. Irrito-me fácil com a família. Prego o amor ao próximo, na medida do possível. É possível que haja um pouco de hipocrisia aí. Não sou perfeito. Sou sincero. Falso se precisar, mas sem a intenção de magoar. Já magoei pessoas. Não me lembro de ter sido muito magoado. Talvez nunca tenha me apaixonado. Gosto de sonhar. Gosto do cheiro do mar. Gosto da imensidão do mar. Tenho medo do mar. Quase me afoguei uma vez. Tenho poucas cicatrizes na pele. Uso óculos. Nasci e fui criado na mesma cidade. Amo minha profissão. Interesso-me pelo passado. Sou passado. Sou desafinado, mas adoro cantar. Gosto de cinema e da cor do céu nublado. Adoro chuva. Gosto do tempo frio e de sonetos. Sou carismático. Considero-me bem educado. Acumulo experiências doutras vidas. Acredito na reencarnação. Falta-me muitas coisas a aprender. Sei o que me falta aprender. Não consigo ainda aprendê-las. Gosto da palavra Tradição e de seu significado. Acredito em uma Egrégora dos bons. Acredito no bem. Acredito no mal. Tenho tatuagens no corpo e na alma. Sou poético demais quando escrevo, nem sempre isso é bom. Tenho inspirações quando já estou prestes a dormir. Nem sempre levanto para anotá-las. Sou monarquista. Amo o Brasil. Amo o Rio Grande do Norte. Nunca digo nunca. Às vezes erro. Às vezes acerto. Tenho senso de humor duvidoso. Não sou grudento nem gosto de estar próximo de pessoas grudentas. Não costumo ter preconceitos. Tenho medo de altura, mas gosto da vista que ela proporciona. Sou diferente. Gosto de ser diferente. Sou romântico. Não procuro a pessoa certa. Não sou a pessoa certa também. Não me apaixono facilmente. Não tenho pressa. Sou sozinho. Gosto de ser sozinho. Em alguns momentos me lembro que não posso ser sozinho. “A felicidade só é real se partilhada”, aprendi em um filme. Preocupo-me com os outros, principalmente com alunos. Geralmente estou disposto a ajudar. Não gosto de ficar suado. Já fiquei muitas vezes suado. Gosto não só do cheiro, mas também do som da chuva. Adoro o pôr-do-sol. Não gosto de fazer a barba e nem de cortar o cabelo. Já usei cabelo grande. Acredito em energias negativas e positivas. Acredito na transferência de energia entre as pessoas. Oro antes de dormir. Ora estou de bom humor. Oro quando acordo. Ora estou de mal humor. E há horas que fico sem nada pra fazer. Algumas horas são difíceis na Vida. Gosto de trocadilhos. Alguns minutos na Vida são de Felicidade. Sou Feliz, sempre que posso. Sou o mundo de alguém. Não gosto de responsabilidades, mas sou responsável. Enfim, sou parte do todo (talvez o todo em uma parte?). Um dia serei o vento. A brisa trás a essência do que ficou pra trás. Por isso serei passado e presente. Respire e sinta que está vivo. Quanto ao futuro... a Deus pertence!

sábado, 5 de novembro de 2011

PRA QUE CRESCER?


O título desta postagem pode desencadear inúmeras respostas! Muitas delas podem até soar tentadoras de serem aceitas, mas isso apenas se entendermos que a maturidade está diretamente ligada ao crescimento! Se isso não for uma verdade (como eu não acho que seja), nenhuma resposta será satisfatória.

Envelhecer nunca foi uma opção. Todos que vivam o suficiente chegarão à chamada "terceira idade". Mas crescer é uma opção! Muita gente opta por crescer antes da hora. Outros tentam seguir o rumo que a sociedade impõe: "Nasce - cresce - reproduz - morre". Se entendermos o "crescer" como uma mudança física, é bem verdade que todos cresceremos. Uns mais outros menos. Todavia, ainda não é este o sentido da palavra "crescer" que estou comentado. Crescer e reproduzir, também são opções.



Quando crianças, não podemos ser "gente grande". Devemos aceitar que alguém está "acima" de nós e tem o poder de nos fazer obedecer. Ainda estamos em uma fase de muitos aprendizados. É necessário haver essa hierarquia. Isso para que possamos, ao passar dos anos, ganhar maturidade para tentar entender como funciona o mundo e a vida. Para este papel, são (ou deveriam ser) importantes nossos pais, professores, familiares e amigos. Todos contribuem de alguma forma para que nossa maturidade vá tomando conta de nossa mente. Acontece que isso não quer dizer, necessariamente, crescer. Muitos (muitos mesmo) podem acreditar que sim. Eu não!


Para muitos, crescer é abandonar as coisas de criança. Eu discordo! Levo em meu coração as lições do Pequeno Príncipe e da Dona Raposa. As pessoas grandes são estranhas. "Todas as pessoas grandes já foram um dia crianças. Mas poucas se lembram disso." É a mais pura verdade. E quão maravilhoso seria o mundo se elas se lembrassem disso todos os dias. Eis uma qualidade minha, bastante perceptível para quem convive comigo: Eu Sou Criança! Eu Não Cresci! E complemento dizendo que sou uma pessoa muito mais madura do que a minha idade de 25 anos exige. Sei conversar com um garotinho de três anos e também com a maior autoridade do país, se necessário! Mas eu não cresci por opção.



Não crescer não é privilégio meu. Tantos outros optaram pela mesma coisa. Mesmo os que são frutos da imaginação de outra pessoa que optou por não ser "uma pessoa grande". O garoto Peter Pan decidiu ser sempre criança. Estou certo de que seu criador nunca abandonou a criança que um dia ele foi. A minha está comigo todo o tempo, e são raros os momentos em que peço para ela dar uma voltinha. Nem gosto desses momentos, por isso raramente eles surgem.


Quando algum adolescente me diz que eu deveria crescer, eu acho graça. Não me indago nem por um instante se minha opção foi a correta! Pelo contrário, penso como esse adolescente perderá de ver o lado bonito da vida se abandonar a criança que um dia foi e tão desesperadamente parece querer esquecer. Mas, como no início da postagem... a decisão cabe a cada um.

É absolutamente incrível como estou rodeado de amigos que não abandonaram essa infância. São adultos de aparência e são crianças de Espírito. Não temos vergonha de rir... Não temos vergonha de afirmar nossos gostos por bonecos, por desenhos animados, por revistas em quadrinhos, por video-games ... Somos poucos... é bem verdade. Mas somos suficientes. Somos o bastante para nós mesmos. Somos Amigos de infância, não por termos nos conhecido quando crianças, mas por termos nossas infâncias à flor da pele. Claro, mistura-se essa infância com compromissos importantes, com namoradas, com empregos e mesmo com construção de famílias próprias, mas uma coisa não impede a outra de existir.

Somos crianças maduras.