É assim que entendo Política no Brasil. Não existe mais amor pelo ofício. Não se trata mais de querer ajudar o País a crescer, ou de se achar necessário em fazer algo em que se é bom. Política está longe de representar isso. Toda época de eleição é a mesma coisa, ou melhor... está cada vez pior. Tudo, absolutamente TUDO, é motivo de piada, escárnio ou demagogia. Não foge disso. Aproveitam-se da total ignorância da população e criam a ideia de "Voto de Protesto". Daí sugem candidatos como Tiririca e tantos... mas tantos outros que temo que sejam mais dos que estão sob aparência séria.
Isso para mim não é Voto de Protesto. É Voto de Burrice. Eu mesmo já caí nessa quando, lá pelos idos de 2004, votei em Miguel Mossoró, achando que estava protestando. Não... não estava! Hoje eu faço justamente o contrário. Eu vejo o partido que lança a candidatura de alguém assim, e ELIMINO qualquer outro candidato (por mais que me pareça bom), desse partido. Para mim, um partido preocupado em realmente fazer algo bom, não se daria ao desplante de lançar a candidatura de alguém assim. O pior é que nós sabemos que isso é em todo o território brasileiro.
Os jingles dos candidatos cada vez mais irritantes, perturbando a ordem pública de uma forma aparentemente legalizada, os carros de som, as buzinas dos interessados na vitória do membro da sua família ou do candidato que irá melhorar sua carreira específica, enfim... Essa é a forma de se fazer política no Brasil hoje.
Eu já pensei, e muito, em entrar na política. Tenho sim, o interesse desinteressado em fazer algo maior pelo meu país. Em galgar espaços cada vez mais altos no cenário político. Mas já esbarro na primeira grande dificuldade: escolher um partido. Não concebo até o presente momento, fazer parte de algum deles. Há 27 partidos no país e não acho que eu me encaixaria bem em nenhum. Se tivesse que escolher seria pelo quesito "afinidade", mas nunca de concordância. Criar um partido é de uma burocracia imensa, pensada talvez, para que cidadãos revoltados com os que existem, não possam facilmente colocar em prática tal ideia. Penso então em um plano. Entrar no cenário político por algum partido, ser eleito, realizar um ótimo primeiro mandato e quando tiver feito amizades interessantes pelo país, criar um novo partido. Um que possa se coadunar da melhor forma com meus anseios. Contudo, ainda não está na hora.
Portanto, meus caros... saibam o óbvio: anularei todos os meus votos. Hoje em dia, só voto contra candidatos. Como assim? Explico! Em princípio, todos os meus votos são nulos. Caso surja um candidato que eu considere muitíssimo nocivo para determinado cargo, eu voto contra ele, e isso implica dizer votar no rival. Sim, o rival pode não prestar também, mas só faço isso se for último caso. Se realmente eu acreditar que o candidato X pode fazer o pior pela cidade, estado ou país.
Fica meu desabafo político!
Continuo Monarquista e seguirei Monarquista! Em respeito aos homens públicos de outrora, cuja nódoa política os fazia quase que excluídos da política de Sua Majestade D. Pedro II.