No último dia do ano de 2009, um vídeo bombou no YouTube. O vídeo mostra o final de uma reportagem feita pelo Jornal da Noite (Bandeirantes) sobre a Mega Sena da Virada e dois garis desejando votos de “Feliz Ano Novo” aos telespectadores.
Contudo, ao final da reportagem, na vinheta que levaria o programa para o intervalo, vazou o áudio do estúdio de gravação. Neste áudio podemos ouvir o âncora do jornal, o jornalista Boris Casoy, difamando os garis. Disse ele:
“Que merda... dois lixeiros desejando felicidades... do alto das suas vassouras... dois lixeiros, o mais baixo da escala do trabalho.”
Claro que foi uma declaração bastante infeliz. Sabemos da importância de qualquer profissão em nossa sociedade. Testemos uma semana sem garis para limpar as ruas da cidade para ver o caos que se instalará. Sem falar que não podemos comparar dignidades entre as profissões. Se você realiza seu trabalho de forma ética e bem feita, não cabe qualquer difamação, isso, é claro, na minha opinião.
O citado jornalista teve que se retratar no programa do dia seguinte.
Contudo, ao final da reportagem, na vinheta que levaria o programa para o intervalo, vazou o áudio do estúdio de gravação. Neste áudio podemos ouvir o âncora do jornal, o jornalista Boris Casoy, difamando os garis. Disse ele:
“Que merda... dois lixeiros desejando felicidades... do alto das suas vassouras... dois lixeiros, o mais baixo da escala do trabalho.”
Claro que foi uma declaração bastante infeliz. Sabemos da importância de qualquer profissão em nossa sociedade. Testemos uma semana sem garis para limpar as ruas da cidade para ver o caos que se instalará. Sem falar que não podemos comparar dignidades entre as profissões. Se você realiza seu trabalho de forma ética e bem feita, não cabe qualquer difamação, isso, é claro, na minha opinião.
O citado jornalista teve que se retratar no programa do dia seguinte.
Declarou ele:
“Ontem, durante o intervalo do Jornal da Band, num vazamento de áudio, eu disse uma frase infeliz que ofendeu os garis. Por isso, quero pedir profundas desculpas aos garis e aos telespectadores do jornal da Band.”
Durou apenas 18 segundos sua retratação, e quem vê a imagem, realmente não percebe que o comentário foi sincero, entretanto, a minha maior crítica não vai ao Boris Casoy (todos estamos sujeitos a declarações infelizes). Acontece que me chamou a atenção os comentários (principalmente de usuários do YouTube) sobre o acontecido. Todos querendo a cabeça do jornalista; todos gritando aos quatro cantos que ele deve ser demitido; enfim... todos com o discurso da ética em seus estandartes, como se fossem os detentores absolutos dela. Não me façam rir...
Como disse, todos estão sujeitos a declarações infelizes. A frase do Boris, percebam, está sendo dita como que para companheiros de trabalho, inclusive escuta-se risadinhas ao fundo (os que riram não pediram desculpas...), aí eu pergunto: será que esses que criticam tão ferrenhamente o jornalista o fazem de consciência tranquila? Quem nunca contou piadinhas de humor negro? Quem nunca riu com anedotas sobre judeus, católicos, pobres, negros, deficientes... Muito ético isso, não? Não achem, por favor, que EU me sinto o detentor absoluto dessa ética e verdade... Não é o caso. Claro que me pego contando tais piadas, e justamente por isso prefiro direcionar minha crítica, não tão ferrenha, a alguns telespectadores e não ao jornalista, visto que este cometeu o erro e se retratou!
Acaso esses que criticam lembram das várias “declarações infelizes” do presidente Lulla, por exemplo? “Pelotas cidade polo exportadora de viado”; “Quem é contra a CPMF é um imbecil”; etc... etc... etc... Pediram a “cabeça” do presidente? Cito apenas o presidente por estar no cargo supostamente mais importante da Nação.
Para que possamos cobrar ética das pessoas, devemos começar com nós mesmos (e acreditem, apesar das piadas, eu tento!) E fico feliz em perceber que são nessas “piadas” que posso e devo focar, pois não estou envolvido com nenhuma picuinha, sou eu quem pago minhas contas e não devo nada a ninguém! Como diz um amigo meu: “Quando me julgo, me condeno! Mas quando me comparo, me orgulho!”
Pois bem... Estando certo ou errado, é isso que tinha pra dizer!
“Ontem, durante o intervalo do Jornal da Band, num vazamento de áudio, eu disse uma frase infeliz que ofendeu os garis. Por isso, quero pedir profundas desculpas aos garis e aos telespectadores do jornal da Band.”
Durou apenas 18 segundos sua retratação, e quem vê a imagem, realmente não percebe que o comentário foi sincero, entretanto, a minha maior crítica não vai ao Boris Casoy (todos estamos sujeitos a declarações infelizes). Acontece que me chamou a atenção os comentários (principalmente de usuários do YouTube) sobre o acontecido. Todos querendo a cabeça do jornalista; todos gritando aos quatro cantos que ele deve ser demitido; enfim... todos com o discurso da ética em seus estandartes, como se fossem os detentores absolutos dela. Não me façam rir...
Como disse, todos estão sujeitos a declarações infelizes. A frase do Boris, percebam, está sendo dita como que para companheiros de trabalho, inclusive escuta-se risadinhas ao fundo (os que riram não pediram desculpas...), aí eu pergunto: será que esses que criticam tão ferrenhamente o jornalista o fazem de consciência tranquila? Quem nunca contou piadinhas de humor negro? Quem nunca riu com anedotas sobre judeus, católicos, pobres, negros, deficientes... Muito ético isso, não? Não achem, por favor, que EU me sinto o detentor absoluto dessa ética e verdade... Não é o caso. Claro que me pego contando tais piadas, e justamente por isso prefiro direcionar minha crítica, não tão ferrenha, a alguns telespectadores e não ao jornalista, visto que este cometeu o erro e se retratou!
Acaso esses que criticam lembram das várias “declarações infelizes” do presidente Lulla, por exemplo? “Pelotas cidade polo exportadora de viado”; “Quem é contra a CPMF é um imbecil”; etc... etc... etc... Pediram a “cabeça” do presidente? Cito apenas o presidente por estar no cargo supostamente mais importante da Nação.
Para que possamos cobrar ética das pessoas, devemos começar com nós mesmos (e acreditem, apesar das piadas, eu tento!) E fico feliz em perceber que são nessas “piadas” que posso e devo focar, pois não estou envolvido com nenhuma picuinha, sou eu quem pago minhas contas e não devo nada a ninguém! Como diz um amigo meu: “Quando me julgo, me condeno! Mas quando me comparo, me orgulho!”
Pois bem... Estando certo ou errado, é isso que tinha pra dizer!
Happy New Year pra vocês todos!!!
Link para o vídeo da retratação seguido da ofensa:
Embora discorde da ideia central do texto, achei bacana a discussão, pois apresenta uma discussão completamente oposta da minha visão sobre o ocorrido.
ResponderExcluirPor causa do efeito que esse texto provocou em mim, tomo a liberdade de indicar dois textos, na esperança dles provocarem o mesmo em vc. saca ae
http://portalldahistoria.blogspot.com/http://www.blogheterotopias.blogspot.com/
FLWSSSSSS
Olha Rodrigo, isso é verdade: não tenha dúvida, a maioria esmagadora dos que condenaram o Boris o fizeram "do alto de sua moral hipócrita". De minha parte, achei a declaração infeliz, mas num país em que tantos crimes são cometidos de maneira impune, fazer zoada por causa de uma besteira desta, soa no mínimo como comportamento oportunista.
ResponderExcluirDaniel Figueiredo.