Por anos a fio, estática.
Parada e presa qual bicho em armadilha.
Olhar perdido, mas intenso
Que vê o tempo, as gerações que passam.
Incansável em sua permanente pose
Como quem não desiste da mensagem a ser passada.
Perderam-se dedos, mãos e braços,
Ficaram os olhos brilhantes
No canto dum corredor quieto,
Onde um leve balançar de molho de chaves é
Inconfundivelmente ouvido,
Onde a vassoura que limpa as salas é ouvida,
Onde os passos mais apressados da criança inquieta
Não passam despercebidos
Pela eterna (des)atenção da estátua.
Parada e presa qual bicho em armadilha.
Olhar perdido, mas intenso
Que vê o tempo, as gerações que passam.
Incansável em sua permanente pose
Como quem não desiste da mensagem a ser passada.
Perderam-se dedos, mãos e braços,
Ficaram os olhos brilhantes
No canto dum corredor quieto,
Onde um leve balançar de molho de chaves é
Inconfundivelmente ouvido,
Onde a vassoura que limpa as salas é ouvida,
Onde os passos mais apressados da criança inquieta
Não passam despercebidos
Pela eterna (des)atenção da estátua.
Escrita por mim em meados do ano passado...
Nunca perguntei, mas suas poesias são feitas do que acontece no seu di a dia ou sentimentos da sua pessoa??? Ou são frutos de uma imaginação muito foda, tipo coisas que vc inventa no momento?? rsrs
ResponderExcluirhehehe Oi Miguel!
ResponderExcluirDepende... às vezes vem do cotidiano, de experiências vividas, às vezes é só inspiração mesmo! Já escrevi sobre coisas que nunca vivi. E no caso dessa poesia da postagem, eu estava na escola CIC, esperando Marília e estava sentado num corredor sozinho. Daí vi uma estátua. Fiquei me perguntando quanto tempo fazia que ela devia estar ali... quantas crianças ela já tinha "visto"... talvez gerações... daí surgiu a poesia! :)