Foram quase 15 anos... e só entende quem já teve um animalzinho querido de estimação.
Meu aniversário deste ano não foi muito legal. Terminou bem, com os melhores amigos próximos a mim. Mas durante o dia inteiro, sequer lembrei que eu completava um ano a mais de vida. Cheguei a me surpreender quando me deram os parabéns... eu simplesmente esquecia. O motivo? Desde as 05:40 da manhã minha fiel companheira de estimação sofria.
Priscila nasceu em 20 de janeiros de 1997 e sempre foi uma boa companhia para mim. Nos últimos anos era comum ficarmos a sós em casa, fazíamos companhia um ao outro. "Conversávamos" besteiras. Pela idade avançada, ela não enxergava mais como antes, nem ouvia tão bem. Dormia bastante. O que não mudava era seu carinho por nós. A recíproca era verdadeira.
Apenas hoje estou criando a coragem necessária para este post. Procurei não pensar sobre isso, pois machuca. Sei que é um pouco complicado. Para muitos, é apenas um bicho de estimação. Entretanto, 14 anos de convivência significam alguma coisa.
Esta postagem também não sairá muito inspirada, ainda resisto à embarcar nas emoções e sentimentos que lembrem do dia do meu aniversário (dia em que a internei) e do dia seguinte... Ahh o dia seguinte. Um dos piores sentimentos que já vivi até hoje foi naquele dia. Não porque ela teve que partir (todos têm que partir em algum momento, e sempre fui grato pelo tempo que ela pôde passar comigo), mas pelo fato de a decisão de sua partida ter estado em minhas mãos.
Não havia muito a ser feito... Mas a pergunta "e se não fosse a única opção?" tenta incontrolavelmente entrar em minha mente. Mas eu tento resistir. Sua partida aconteceu por causa de uma assinatura minha. Uma autorização. A vida de "alguém" esteve em minhas mãos.
Eu chorei muito. E neste momento tive ombros amigos, não posso deixar de citar isso. Fato que realmente eu não esquecerei. Amigos tão importantes quanto minha própria vida.
Estive com ela por alguns minutos... dei dois beijos... um por mim e um a pedido de minha mãe.
Hoje ela está descansando no quintal da casa dos meus avós. Descansando de uma longa vida para tão pequenina criatura. E apesar de não pensar muito sobre isso, sua falta se faz presente no cotidiano, e dele eu não tenho como escapar. Se entro em casa e vejo o sofá vazio... eu lembro; se ando com cuidado no escuro para não pisar em xixi, lembro que não há mais essa possibilidade; quando almoço ou janto na cozinha, não há mais aqueles pulos incessantes pedindo um pouco do que eu estou comendo (sem nem saber o que é ^ ^); se janto ou almoço no quarto, não há mais motivos para fechar a porta; as pessoas têm que batar à porta da minha casa com mais força, já que não há mais quem se ponha a latir com o barulho; quando acordo de manhã ou de tarde, me pego ajeitando meus pés com cuidado para não bater em uma cadelinha que não dorme mais ao pé da minha cama; não deixo mais a luz da sala acesa à noite se eu sou o último a sair de casa... Enfim... a rotina mudou um pouco, e não para melhor.
A postagem se encerra por aqui... Poderia, mas não quero, escrever mais.
Só que faltava essa postagem... faltava esse sentimento sair um pouco...
As duas únicas palavras que se expressam bem nesse momento, é "desculpa" e "obrigado".
Descanse...
Priscila
* 20.01.1997
Priscila
* 20.01.1997
†14.11.2011
Eu tenho uma igualzinha ...Estrelinha ...Curta a sua dor ..So essa coisa vai acalmar sua dor o tempo..Porém a saudade ñ vai nunca deixar vc esquecer sua linda companhira ..Um beijo amiga ...
ResponderExcluirEu sei o quanto isso foi dolorido pra vc, mas acho que foi a "melhor escolha". Um grande abraço e quero que saibas que o que precisar estou sempre a sua disposição, seja pra sorri, pra chorar, pra falar besteira ou até mesmo dizer um oi. Riquinho
ResponderExcluirsensei sei pelo que voce estar passando perde meu cachorrinho a pouco tempo tambem mas voce supera voce e forte e vai brilha muito ainda
ResponderExcluirOin, mas vai passar a dor e depois vai ficar aquela saudade dos momentos bons.
ResponderExcluirBjim e fique bem! ;)
Sensei Rodrigo, já passei por uma experiência semelhante à sua e quero me solidarizar à sua perda. Tive um peixinho, quando tinha por volta de 10 anos, que chamei de Linguado. Apesar de ter tido uma convivência muito curta (ele só viveu um ano) ele foi a minha experiência de teste de responsabilidade, e sempre gostava de alimentá-lo; era um dos poucos amigos confiáveis que eu tinha. Quando ele morreu, fiquei bastante triste e decidi não ter mais bichos de estimação, mas quem sabe um dia não mudo de ideia. Também já criei vínculos especiais com animais que pertenciam à minha família, como um poodle chamado Prince, que morreu atropelado quando eu tinha oito anos; mas, sempre que eu ia à casa de meu tio, ele estava disposto a brincar comigo. Nessas horas, aprendemos a dar valor às pequenas coisas que a vida oferece - de peixinhos a cachorrinhos.
ResponderExcluirMatheus, 2ª série C, Neves
É Rodrigo, sei bem pelo que passou... Acompanhei sua historia, e não tem como n lembrar da minha fiel companheira, tb um poddle... Ou seja chorei litros... Mas a vida é assim temos que aprender a 'perder'... Mas que fique na memoria o que ganhamos com essas 'coisinhas' tão pequenas e espertas...
ResponderExcluirXero pra tu e forçaa aii, meu amigo ;)