Quando a gente para pra pensar a situação piora. Falamos mal dos alienados, falamos mal dos idiotas, incentivamos o outro a pensar e refletir sobre tudo. Na minha opinião, é um grande fardo. E quem o carrega pode, ainda que por um instante, frustrar-se em carregá-lo.
Quando a gente para pra pensar na política, vemos o quão longe estamos de uma solução para o Brasil. Assistimos, nós que pensamos, um reinado de corruptos cujo fim não está ainda ao alcance de nossos olhos. Ao contrário, parece que cada vez mais afundamos em um mar de lama, difícil de se voltar à superfície. Somos desrespeitados a todo momento pelos que estão no poder. Eles abusam do poder que deram a eles. Ou usurparam. Ou seja lá o que tenha acontecido. Esbravejam aos quatro cantos os pútridos pensamentos que possuem... e sem nenhum pudor. Este já perderam há tempos. Quando a gente para pra pensar na imundície que cobre o nosso Brasil, as forças que temos parecem se dissipar. Parece que nos entregamos a um poder impossível de destituir. Um jogo político impossível de quebrar. Por um momento, eles nos vencem. Que fique claro que não nos vencem por aceitarmos suas atitudes. Mas por sermos poucos os que pensam. Quanto ao resto... sempre pensaram que não há solução. Que sempre será assim. Sempre pensaram que não tem como lutar contra eles. Sempre pensaram que são os mais fracos (sem realmente serem). Pensam no futebol.
Quando a gente para pra pensar no amor, vemos o quão distantes estamos dele. Vemos como amamos o que convém. Nos vangloriamos de amarmos os nossos amigos, sendo que não há coisa mais fácil a se fazer. Difícil é amar os inimigos. Já dizia alguém. Amamos as coisas. Amamos o que os lugares têm, e não o que eles representam. Amamos errado. E nos orgulhamos de amar. Quase ninguém sabe amar...
Quando a gente para pra pensar na família, não compreendemos muita coisa. Quase sempre, se pudéssemos, preferiríamos trocar algumas pessoas dela. Não entendemos os pais, irmãos e os avós. Somos o único incompreendido. Não paramos para pensar que quase todos eles já passaram pelo que passamos. Não costumamos ouvir. Não costumamos falar. Não costumamos agir. E muitas vezes, convenientemente não queremos pensar.
Quando a gente para pra pensar na família, não compreendemos muita coisa. Quase sempre, se pudéssemos, preferiríamos trocar algumas pessoas dela. Não entendemos os pais, irmãos e os avós. Somos o único incompreendido. Não paramos para pensar que quase todos eles já passaram pelo que passamos. Não costumamos ouvir. Não costumamos falar. Não costumamos agir. E muitas vezes, convenientemente não queremos pensar.
Quando a gente para pra pensar sobre o que é a vida, percebemos, depois de muito refletir, que não vivemos bem. Que não entendemos o que realmente importa. Que não utilizamos tantas palavras doces como deveríamos. Que gastamos em demasia as palavras ruins, sem se importar com os seus efeitos. Na verdade, nem tão cedo nós paramos para pensar sobre o que é a vida, mas quando o fazemos, recai sobre nós uma responsabilidade gigantesca. É como descobrir um tesouro, muitas vezes com o peso certo do limite que aguentaríamos carregar.
Às vezes eu acho que o idiota está em vantagem. Mesmo sabendo que ele não está.
Às vezes eu acho que o idiota está em vantagem. Mesmo sabendo que ele não está.
Às vezes, eu só queria ser mais um idiota por um curto período de tempo... Só para não ter que parar pra pensar... Mas já não dá.
Quando a gente para pra pensar, não há a opção de um caminho de volta.
Quando a gente para pra pensar, não há a opção de um caminho de volta.
Bela postagem. Palmas, mas muuuitas palmas! Parabéns, Sensei. Está perfeita!
ResponderExcluirTenho que parabenizá-lo pelas belas palavras e profunda reflexão. Parece-me um conflito de Nietzsche.rs
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