Dizem que toda longa caminhada começa com um primeiro passo...
Há alguns anos escrevo poemas. Isso não é segredo para muitos, mas realmente alguns outros não sabem. Engraçado que o que me motivou a começar a escrever foi um outro escrito. Certa vez, quando eu estava num cursinho assistindo aula, estava lendo um quadrinho (acho que do Wolverine) e ao final da revista havia um poema. Um bonito poema em inglês e sua tradução feita por José Paulo Paes. O autor? William Blake, pintor e poeta inglês.
Nesta postagem então, deixo minha homenagem ao homem (nascido no século XVIII) que, com suas palavras, me incentivou a escrever. Hoje, já são mais de 400 poesias de minha autoria (claro que nem tudo presta, rsrs, mas tem umas que se salvam!). Segue o poema original e sua tradução!
→ The Tyger.
(William Blake)
Tyger! Tyger! Burning bright
In the forests of the night,
What immortal hand or eye
Could frame thy fearful symetry?
In what distant deeps or skies
Burnt the fire of thine eyes?
On what wing dare he aspire?
What the hand dare seize the fire?
And what shoulder, and what art,
Could twist the sinews of thy heart?
And when thy heart began to beat,
What dread hand? And what dread feet?
What the hemmer? What the chain?
In what furnace was thy brain?
What the anvil? What dread grasp
Dare its deadly terrors clasp?
When the stars threw down their spears,
And water'd heaven with their tears,
Did he smile his work to see?
Did he who made the Lamb make thee?
Tyger! Tyger! Burning bright
In the forests of the night,
What immortal hand or eye
Dare frame thy fearful symmetry?
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→ O Tigre.
(Tradução por:José Paulo Paes)
Tigre! Tigre! Viva chama
Que as florestas da noite inflama
Que olho ou mão imortal podia
Traçar-te a horrível simetria?
Em que abismo ou longe céu ardeu
O fogo dos olhos teus?
Com que asas ousou ele o vôo?
Que mão ousou pegar o fogo?
Que arte e braço pôde então
Torcer-te as fibras do coração?
Quando ele já estava batendo,
Que mão e que pés horrendos?
Que cadeia? Que martelo,
Que fornalha teve o teu cérebro?
Que bigorna? Que tenaz
Pegou-lhe os horrendos mortais?
Quando os astros alancearam
O céu e em pranto o banharam,
Sorriu ele ao ver seu feito?
Fez-te quem fez o Cordeiro?
Tigre! Tigre! viva chama
Que as florestas da noite inflama,
Que olho ou imortal mão ousaria
Traçar-te a horrível simetria?
William Blake (1757 - 1827)
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