Saudações, caros leitores!
Muito já foi escrito neste Blog sobre os Professores! Sobre o Ofício e sacerdócio do Ensino! E esta é mais uma postagem sobre o tema, pois ontem foi o Dia dos Professores! :)
Quando mais a sociedade caminha, mais notória é a visão de que os Professores são os únicos capazes de alterar uma realidade negativa como a nossa. Em um país cuja sala de aula não é ambiente atrativo para o aluno, a missão dos que realmente têm compromisso com o Ofício se torna cada vez mais complicada.
Muitas coisas são necessárias para que o processo de ensino-aprendizagem ocorra de uma forma satisfatória. E hoje, é praticamente impossível unir todos os fatores que permitem tal intento. Uma escola comprometida com o Ensino de qualidade, ao invés de ver o aluno apenas como mais um cliente (em escolas particulares), ou número (em escolas públicas); uma coordenação pedagógica que entenda que os problemas de sala de aula não são culpa exclusivamente dos Professores e que o aluno pode não querer aprender ainda que o Professor tenha feito uma aula interativa e dinâmica; os pedagogos entenderem que muitas das ideias difundidas e apresentadas não são compatíveis com a realidade e que o ideal imaginário em suas mentes não são aplicáveis; um Professor comprometido com o exercício de formar um cidadão consciente, produtor de conhecimento, e não meramente reprodutor... que a tônica de sua aula seja ensinar, e não doutrinar; um aluno que esteja minimamente interessado em aprender o que está sendo proposto a ele e, por fim, mas arrisco dizer que é o mais importante: uma família do educando presente! Que esteja a apoiar a escola e o Professor nessa árdua tarefa de contribuir com a educação de seus filhos!
Eu nunca encontrei, em minha ainda curta jornada como Professor, um "aluno-problema" que tenha uma família estruturada e preocupada com seu desempenho. É realmente incrível como os números parecem favoráveis a isso. Uma família estruturada, gera um filho estruturado, consequentemente um aluno estruturado igualmente. Da mesma forma que uma família desestruturada, gera o "aluno-problema" em sala de aula. E olha que a culpa termina não sendo desse aluno, mas é ele quem acaba recebendo os "esporros" por causa disso.
Deveria ser criada uma "Escola de Pais". Aí sim, atacaríamos o real problema da Educação em seu cerne... em sua medula! Pais presentes na vida do filho, faz com que o aluno entenda melhor sua ida à escola e a importância de se estar nela. Até porque o aluno gosta da escola, para ele o que atrapalha são as aulas. Mesmo surgindo "alunos-problemas" nessa situação, teríamos os pais ao nosso lado para batalharmos juntos pela vida do filho deles. Isso mesmo, filho DELES! Pois estão esquecendo disso!
Já não é de hoje que uma modinha "bonitinha" vem chamando os Professores de "Educadores". Com o passar do tempo me tornei contra a expressão, ainda que termine por desempenhar também esse papel! Mas sou contra a expressão, pois assim eu retiro de mim o peso de EDUCAR centenas de jovens. A minha função, de Professor, é ENSINAR! Educar é função de Pai e Mãe. Se acabo educando um ou outro, é porque muitos Professores têm em si a vontade de mudar o mundo (mesmo sabendo que não conseguirá fazê-lo sozinho).
Contudo, a vida corrida que todos levam, com provas e trabalhos para corrigir e elaborar, com dois ou três turnos de trabalho diário, com salários não condizentes com a importância de seus cargos... fica quase impossível acumular ainda mais essa função, a de educar. Reitero, se o fazemos vez por outra, é porque nos sensibilizamos com determinadas situações, e sabemos que se não for a gente, essa vida pode ficar arruinada por muito tempo, quiçá para sempre. Mas essa boa vontade não pode ser confundida com dever! Não é nosso dever fazê-lo. Os Pais precisam entender isso.
Contudo, a vida corrida que todos levam, com provas e trabalhos para corrigir e elaborar, com dois ou três turnos de trabalho diário, com salários não condizentes com a importância de seus cargos... fica quase impossível acumular ainda mais essa função, a de educar. Reitero, se o fazemos vez por outra, é porque nos sensibilizamos com determinadas situações, e sabemos que se não for a gente, essa vida pode ficar arruinada por muito tempo, quiçá para sempre. Mas essa boa vontade não pode ser confundida com dever! Não é nosso dever fazê-lo. Os Pais precisam entender isso.
No mais, agradeço por ser Professor e por ter alunos tão queridos! Espero contribuir bastante ainda na área da Educação.
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