Translate This Blog To Your Language!

Gostou? Então curte aí no FaceBook!

sábado, 31 de dezembro de 2011

FELIZ 2012!

O governante romano Júlio César, em 46 a.C., foi quem fixou o 1º de janeiro o dia do Ano Novo. Era o dia do deus Jano (de onde vem o nome "Janeiro"), deus dos Portões. Jano tinha duas faces, uma voltada para a frente visualizando o futuro) e outra voltada para trás (visualizando o passado). Atualmente, a celebração deste evento é chamada de réveillon (oriundo do verbo francês réveiller, que quer dizer "despertar").

 Janos

Por mais que um despertar esteja ao alcance de todos, independente da temporalidade, é no Ano Novo que os votos, desejos e vontades de sentir novos ventos se faz mais forte. Por "despertar" podemos entender muitas e muitas coisas. Desde um despertar espiritual, mais profundo, até uma simples mudança de atitude e/ou pensamento. É época de renovar, de colher alguns frutos e plantar outras coisas.

Que as palavras proferidas durante a Virada do Ano, sejam muito mais proféticas do que vazias. Que os sentimentos de alegria e Amor perdurem por todo o ano que está nascendo. Que os abraços mútuos da meia noite, não cessem minutos depois, mas que sobrevivam aos doze meses seguintes, até que possam ser renovados por novos sentimentos.

Que, independente de qualquer coisa, optemos por sermos felizes em 2012. E mais ainda... optemos por contribuir para a felicidade de outras pessoas. Que as desgraças do mundo sejam menores, mas que nos afetem de tal forma que possamos perceber como trilhamos, enquanto humanidade, um caminho no mínimo estranho.

Que a inspiração não nos abandone jamais.

O Blog Sensei Que Nada Sei deseja a todos vocês leitores, amigos, colegas, internautas...

UM FELIZ 2012!!!


sábado, 24 de dezembro de 2011

O CHEIRO DO NATAL


Vinte e quatro de dezembro de 2011. Véspera de Natal. Provavelmente neste momento em que você está lendo isto, crianças ao redor do mundo estão sorrindo (ou com medo) por estarem vendo o Papai Noel, outras estarão alegres recebendo presentes ou apenas por estarem com a família e amigos reunidos. É o Espírito de Natal. Entretanto, o Natal não parece mais o mesmo de antigamente, na minha opinião...

Pra começar, a característica mais marcante do Natal para mim era o cheiro. O cheiro que a época do ano tinha pelas ruas da cidade que eu andava. Não sei se era coisa de criança ou não, mas fato é que quando chegavam os dias de dezembro, muitos locais tinham um ar diferente. Um cheiro específico do Natal, que eu, obviamente, só sentia nessa determinada época do ano.

Acontece que de um tempo para cá, percebi que não sinto mais esse cheiro. E para mim é como se a data tivesse perdido uma de suas características. Afinal, para onde ele foi parar? Você ainda o sente? Já o sentiu antes?

Mas quem dera se esse fosse o único “desaparecimento” desta época que eu sempre considerei a melhor. Para mim as melhores festas do ano sempre foram as últimas. O real significado do Natal, o nascimento de Jesus, querendo ou não, traz reflexões. E hoje gostaria de pensar com vocês um pouco sobre isso.

Se Jesus nasceu em 25 de dezembro ou em março, não me importo. Se ele era branquinho, moreno ou negro, também não faz diferença. Se ele foi rico ou pobre, nunca achei que caráter estivesse ligado à condição financeira. Se ele tinha olhos claros... que diferença faz? Se ele é ou não o filho de Deus... (todos nós não somos?). Se Jesus é o Deus encarnado ou não, isso não mudaria o que penso sobre ele.

Apesar das fontes históricas (ao menos as que eu ouvi falar) serem poucas sobre ele, não tenho dúvidas de que existiu. E mais... não tenho dúvidas do Ser extraordinário que foi. Se tinha o dom da cura e de acalmar pessoas por ser divino, ou por ser um Espírito de Luz muito evoluído, para mim não muda o fato do que ele representa. Sua sabedoria em falar, aconselhar e agir, o torna exemplo para qualquer situação. Seus enigmas e parábolas servem como livros de ajuda aos milhares que existem por aí. Sua forma de tratar o próximo é extremamente difícil de ser seguida. Na verdade, encarar Jesus como um homem, um ser humano, um homo sapiens sapiens que não é a divindade como a religião prega, para mim é ainda mais grandioso, pois sendo uma divindade, creio que sua missão seria mais fácil aqui na Terra. Todavia, agir como ele agiu sendo um “ser humano comum” é algo único na História. Nunca vi ninguém que conseguiu ser assim. Vi alguns seguindo o exemplo (e fazendo-o muito bem!), mas nunca senti em ninguém o poder que emana dos escritos de suas ações.
  
Um Jesus mais humano... não crucificado,
mas sorrindo e feliz!

Para mim, o Jesus humano é ainda mais forte. É alguém que superou as barreiras do que consideramos “mortal”; é um ser humano completo na mais linda forma da criação. É alguém em quem podemos nos espelhar, afinal, se espelhar em um Deus, além de ser complicadíssimo, ao meu ver, é de uma prepotência que somente os humanos, de todas as criações, possui.

Nós cometemos o grave erro de humanizar Deus, ao meu ver, para nos vangloriar. Colocamos braços e pernas em Deus, vontades, sentimentos humanos, escolhas, dúvidas, face, opiniões... se Deus tivesse tudo isso... já não seria Deus para mim. Podemos falar tudo isso de Jesus. Mas que não tentemos definir Deus. Pois definir é limitar. E o Deus em que acredito (que não sei como é, e nem preciso sabê-lo, apenas senti-lo) não se pode definir. Quem sabe meu Espírito (este sim, essência Dele, pois somos sua criação) um dia O entenda. Meu corpo e mente nunca O entenderão.

Que neste Natal, aproveitemos as características que nos são caras dessa época do ano. Eu posso não sentir mais o cheiro dele, mas ele está guardado em algum lugar da minha mente e dos meus sentidos.

Que Deus esteja em todos nós!


 Feliz Natal!
 

domingo, 18 de dezembro de 2011

COMO ESTOU DIRIGINDO?


Muito mal, se quer saber!

Para ter noção de como andam a educação e desrespeito no Brasil, basta você prestar atenção no trânsito. Isso mesmo, no trânsito! As pessoas estão dirigindo muito mal e percebemos isso não só no dia a dia das cidades, mas inclusive em BR's ou quando viajamos.

Sempre que viajo com um amigo pelo Rio Grande do Norte, "nós" salvamos muitas vidas. Não é metáfora ou modo de dizer. Nós, literalmente, salvamos muitas vidas. Hoje, as pessoas responsáveis no trânsito precisam dirigir por elas e pelas outras. Viajar com esse amigo é sempre uma aula de direção, educação e cuidados.

Tudo começa antes mesmo da viagem, quando todos aqueles itens importantes são revisados num posto: calibragem de pneus, óleo, gasolina, água do motor, etc. etc. etc. Com o carro todo pronto, pegamos a estrada, e aí começam várias outras lições.

Em praticamente 100% do tempo da viagem, seja quanto tempo ela dure, o meu amigo está com as duas mãos no volante, mantendo assim o controle do carro e tornando mais fácil possíveis movimentos bruscos, se necessário (algo que nunca precisou). A velocidade média de 80Km/h nos ajuda a chegar sãos e salvos em nosso destino. E sabe o que é mais engraçado? Os que passam por nós a 100, 110, 120, quase sempre  encontramos mais à frente, seja em um semáforo, seja em um pequeno engarrafamento... ou seja, o tempo que ganham em viajar a uma velocidade maior, é, por vezes, mínimo. Apenas o perigo aumenta.

Você pode estar se perguntando como nós salvamos vidas na estrada. Nós impedimos o carro que vem atrás de ultrapassar, quando o local não é propício para o ato. Quando vimos que a tentativa pode ser arriscada, chegamos a aumentar a velocidade apenas para impedir que o carro que vem atrás queira ultrapassar em uma faixa perigosa. Quando há pontes sobre rios e riachos, sempre ficamos parados de um lado da ponte, esperando que o que vem do outro lado passe. Enquanto já vimos, por exemplo, ultrapassagens nas próprias pontes. Sabe o que é pior? Esse "motorista" não arrisca apenas a vida dele. É alguém que não tem amor pela família e muito menos respeito pelos outros. Se morresse só ele, vá lá. Era um irresponsável a menos. Mas o problema está no fato dele levar outras vidas com ele.

Encontrar uma gentileza no trânsito, hoje em dia, é coisa mais rara. Muito pelo contrário, encontramos muito mais os malandros que se acham super inteligentes e cometem infrações para lograr o outro. Como diz meu amigo: "Já pensou se retirassem as buzinas dos carros? O trânsito pararia", pois parece que o povo confunde o acelerador com a buzina. Este meu amigo (campeão de Rallye, diga-se de passagem) muito raramente utiliza a buzina. E quando vê alguém em uma faixa de pedestres, sempre pára, e diz: "Ora se por causa de 20 segundos eu vou perder a oportunidade de fazer uma gentileza a alguém!".

Um dos fatos mais bizarros que já nos aconteceu, foi em Mossoró, quando deixamos o nosso carro no mecânico e fomos atravessar a rua para comprar picolés. Nós estávamos na faixa de pedestres, o semáforo estava VERMELHO, e os carros estavam passando e nós não conseguíamos atravessar. Dá pra acreditar?

Sem falar nos xingamentos, não é? Acredito que todos que estão lendo esta postagem já perceberam a falta de educação no trânsito. Xingamentos e gritos são os campeões... Não há respeito com os mais velhos e preconceito com muitas mulheres. 

Acontece, leitores, que todo esse retrato dos motoristas do Brasil (porque isso acontece em todo o país), nada mais é do que reflexo da falta de educação e moral pela qual o país passa. Quando vemos, por exemplo, carros oficiais com multas e não respeitando a Lei do Trânsito (há várias reportagens sobre isso pelas mídias), as pessoas se acham no direito de fazê-lo também. Ora, se quem deveria dar o exemplo não está fazendo por onde, como cobrar dos demais motoristas? Claro que quem tem um mínimo de consciência, não depende dos exemplos que deveriam vir de cima, pois fazem sua parte independente da situação, mas as demais pessoas pensam dessa forma, infelizmente.

Percebam que o trânsito de países como Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos e vários outros (pergunte a quem os conheceu), são INFINITAMENTE mais educados do que o nosso! Há uma política rígida e exemplos que vêm de cima. Não há nesses países o descaso descarado com o bem público e a impunidade plena para com os que estão representando a nação. Enquanto os brasileiros acharem que ser político dá status, e houver um tratamento de realeza para com quem afunda mais e mais o Brasil, não haverá solução. Ser político é ser representante, é ser EMPREGADO da Nação.

Se as pessoas percebessem tudo isso, talvez nosso trânsito fluísse muito melhor.

_____
Como as férias estão chegando, segue um CheckList para que você revise seu carro antes de viajar e contribua para a segurança de sua família e dos outros motoristas:

Verifique os seguintes itens:

1. Nível do óleo,
2. Nível da água da bateria,
3. Parte elétrica,
4. Calibragem dos pneus (não esqueça do estepe),
5. Itens obrigatórios de segurança,
6. Validade do extintor de incêndio
7. Macaco, triângulo e chave de roda,
8. Lâmpadas - estão funcionando?
9. Água do radiador
10. Fluido de freio
11. Encher o tanque de combustível
12. Encher o depósito de água do limpador de pára-brisa e verificar a paleta do limpa-vidros
13. A documentação está em dia (DUT, IPVA, Seguro Obrigatório)?
14. É sempre bom levar uma lanterna e um Guia 4 Rodas com as principais estradas, restaurantes, hotéis, pousadas, postos de polícia rodoviária, etc..

domingo, 11 de dezembro de 2011

10 MINUTOS...



Dez minutos...
Acho que foi este o tempo
Que como poucas vezes na vida
Senti-me alguém normal.

A sensação foi tão boa
Que sei que minha felicidade seria plena
Se durasse dez anos, não dez minutos.
Dez séculos seria o mais apropriado.


Por um momento deixei de ser
Uma das tantas Violetas Velhas.
No momento em que o Colibri visitou-me,
Senti-me unicamente acompanhado
No Jardim da Solidão,
Onde cultivei-me compulsoriamente.

Mesmo a inspiração,
Por tanto tempo longe,
Apareceu esta noite
Para compor junto comigo.
Ela sempre foi melhor que eu nisso.


Por fim,
Terminamos o dia de mãos dadas
E felizes. Que outra forma seria melhor
De terminar o dia (ou a Poesia)?



  Escrita em 10.08.2010

domingo, 4 de dezembro de 2011

PRISCILA


Foram quase 15 anos... e só entende quem já teve um animalzinho querido de estimação.
Meu aniversário deste ano não foi muito legal. Terminou bem, com os melhores amigos próximos a mim. Mas durante o dia inteiro, sequer lembrei que eu completava um ano a mais de vida. Cheguei a me surpreender quando me deram os parabéns... eu simplesmente esquecia. O motivo? Desde as 05:40 da manhã minha fiel companheira de estimação sofria.

Priscila nasceu em 20 de janeiros de 1997 e sempre foi uma boa companhia para mim. Nos últimos anos era comum ficarmos a sós em casa, fazíamos companhia um ao outro. "Conversávamos" besteiras. Pela idade avançada, ela não enxergava mais como antes, nem ouvia tão bem. Dormia bastante. O que não mudava era seu carinho por nós. A recíproca era verdadeira.

Apenas hoje estou criando a coragem necessária para este post. Procurei não pensar sobre isso, pois machuca. Sei que é um pouco complicado. Para muitos, é apenas um bicho de estimação. Entretanto, 14 anos de convivência significam alguma coisa. 

Esta postagem também não sairá muito inspirada, ainda resisto à embarcar nas emoções e sentimentos que lembrem do dia do meu aniversário (dia em que a internei) e do dia seguinte... Ahh o dia seguinte. Um dos piores sentimentos que já vivi até hoje foi naquele dia. Não porque ela teve que partir (todos têm que partir em algum momento, e sempre fui grato pelo tempo que ela pôde passar comigo), mas pelo fato de a decisão de sua partida ter estado em minhas mãos.

Não havia muito a ser feito... Mas a pergunta "e se não fosse a única opção?" tenta incontrolavelmente entrar em minha mente. Mas eu tento resistir. Sua partida aconteceu por causa de uma assinatura minha. Uma autorização. A vida de "alguém" esteve em minhas mãos. 

Eu chorei muito. E neste momento tive ombros amigos, não posso deixar de citar isso. Fato que realmente eu não esquecerei. Amigos tão importantes quanto minha própria vida.

Estive com ela por alguns minutos... dei dois beijos... um por mim e um a pedido de minha mãe.

Hoje ela está descansando no quintal da casa dos meus avós. Descansando de uma longa vida para tão pequenina criatura. E apesar de não pensar muito sobre isso, sua falta se faz presente no cotidiano, e dele eu não tenho como escapar. Se entro em casa e vejo o sofá vazio... eu lembro; se ando com cuidado no escuro para não pisar em xixi, lembro que não há mais essa possibilidade; quando almoço ou janto na cozinha, não há mais aqueles pulos incessantes pedindo um pouco do que eu estou comendo (sem nem saber o que é ^ ^); se janto ou almoço no quarto, não há mais motivos para fechar a porta; as pessoas têm que batar à porta da minha casa com mais força, já que não há mais quem se ponha a latir com o barulho; quando acordo de manhã ou de tarde, me pego ajeitando meus pés com cuidado para não bater em uma cadelinha que não dorme mais ao pé da minha cama; não deixo mais a luz da sala acesa à noite se eu sou o último a sair de casa... Enfim... a rotina mudou um pouco, e não para melhor.

A postagem se encerra por aqui... Poderia, mas não quero, escrever mais.
Só que faltava essa postagem... faltava esse sentimento sair um pouco...

As duas únicas palavras que se expressam bem nesse momento, é  "desculpa" e "obrigado".

Descanse...
Priscila 
* 20.01.1997
†14.11.2011
 

sábado, 26 de novembro de 2011

A TRANQUILIDADE DAS OVELHAS

  Texto retirado da Internet.
Além de servir para reflexão dos leitores, ele vai especialmente para os meus alunos e ex alunos que a partir de amanhã estarão fazendo o Vestibular da UFRN! Que o texto os ajude a manterem-se calmos e tranquilos.


A Tranquilidade das Ovelhas

"Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia," Salmos 91:5


A noite estava escura, céu sem estrelas. 
De vez em quando ouvia-se o uivo de um lobo bem longe, misturado com o barulho do vento. 
As crianças reunidas na tenda do Mestre Benjamin estavam com medo. 
Mestre Benjamim sentiu o medo nos seus olhos. 
Foi então que uma delas perguntou:

-Mestre Benjamim, há um jeito de não ter medo? Medo é tão ruim!

Mestre Benjamim respondeu:

-Há sim... E ficou quieto. 

Veio então a outra pergunta:

-E qual é esse jeito?
-É muito fácil. É só pensar como as ovelhas pensam...
-Mas como é que vou saber o que as ovelhas estão pensando?

Mestre Benjamim respondeu:

-Quando durante a noite, as ovelhas estão deitadas na pastagem, os lobos estão à espreita. E eles uivam. As ovelhas têm medo. Mas aí, misturado ao uivo dos lobos, elas ouvem a música mansa de uma flauta. É o pastor que cuida delas e não dorme nunca. Ouvindo a música da flauta elas pensam: 

Há um pastor que me protege. 
Ele me leva aos lugares de grama verde
E sabe onde estão as fontes de águas límpidas.
Uma brisa fresca refresca a minha alma.
Durante o dia ele me pega no colo e me conduz por trilhas amenas.
Mesmo quando tenho de passar pelo vale escuro da morte eu não tenho medo. 
A sua mão e o seu cajado me tranqüilizam.
Enquanto os lobos uivam, ele me dá o que comer.
Passa óleo perfumado na minha cabeça para curar minhas feridas.
E me dá água fresca para sarar o meu cansaço.
Com ele não terei medo, eternamente...
(Salmo 23, paráfrase)

Mestre Benjamim parou de falar. 
Os olhos de todas as crianças estavam nele. 
Foi então que uma delas levantou a mão e perguntou:

-E os lobos? Eles vão embora? Eles morrem?
-Os lobos continuam a uivar. E continuam a ser perigosos. O pastor não consegue espantar todos eles. E por vezes eles atacam e matam. Mas as ovelhas, ouvindo a música da flauta do pastor dormem sem medo, não porque não haja mais perigo, mas a despeito do perigo. Não há jeito de acabar com o perigo. Mas há um jeito de acabar com o medo. 
Coragem é isso: dormir sem medo a despeito do perigo...

As crianças voltaram para suas tendas e dormiram sem medo, pensando nos pensamentos das ovelhas. 
De vez em quando, lá fora, ouvia-se o uivo de um lobo faminto.
Desde então, tornou-se costume contar ovelhinhas para dormir.

Estarei com todos vocês em pensamento!
Rodrigo.

domingo, 20 de novembro de 2011

PUDE TE ENSINAR A VOAR...


Encerra-se um ciclo.

Durante três anos, praticamente, acostumei-me a ver alguns rostos que, com o passar do tempo, iam ficando cada vez mais familiares. Durante esses três anos, meus olhos não conseguiram distinguir tanto as mudanças que lhes ocorriam, tão comum à fase vivida. Quando me dei conta, estavam um pouco diferentes. Eles com um pouco a mais de barba e músculos. Elas com andar de mulheres e olhos penetrantes. Para onde foram aquelas crianças? Espero, do fundo do meu coração, que para canto nenhum. Permanecem ainda neles, guardadas num local especial do Espírito. Sem elas, eles não serão os mesmos. Não serão os que eu conheci e não serão aqueles que me cativaram. Ahhh Dona Raposa... Você e sua ideia maluca de "cativar"... Cá estou eu agora, que nem tu... com o peito dolorido. É... eu sei que valeu a pena. Eu sei que a escola não costumava representar muito para mim, e que agora, por causa deles, sempre que eu encontrar uma sala de aula, lembrarei deles. Foi bom que eles me tenham cativado. Eu creio que os cativei também. Somos únicos uns para os outros.

Tudo começou em 2009.

 1ª Série de 2009 - CAdE

Eu entrei em uma sala de aula cheia de "crianças"... Tive que aprender a lidar com eles. Não tive muitas escolhas, e não foi muito difícil. Decidi ser eu mesmo. Parece que deu certo. Foi um ano de aprendizados. Naquele ano nós já nos tornamos amigos. Brigamos uma vez, é bem verdade. Mas como toda verdadeira amizade, tudo se consertou.

Foi um mundo de descobertas e aprendizados. Das duas partes, que fique claro. Descobri uma qualidade minha que não sabia que era tão forte: sou paciente! Nos divertimos em sala de aula, cantamos, sorrimos, fizemos festa, ajudamos uns aos outros. Tivemos até uma música tema (Por quem os sinos dobram - Raul Seixas): "Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz, coragem, coragem, eu sei que você pode mais!

Terminamos o ano muito bem. Nas férias a saudade se fez presente e em 2010 começamos o ano com uma surpresa:

2ª Série A e 2ª Série B

2ª Série A - 2010

Duas turmas agora (acrescentando-se a elas os muito bem vindos novatos). O que era bom, conseguiu ficar melhor. Duas turmas. Quatro aulas semanais em cada. Oito horários por semana para eu estar com eles (e ainda ganhar pra isso?? Estou na Profissão certa!).
Aos poucos cada turma (agora um pouco mais crescidos e maduros) foi mostrando suas características. A rivalidade nasceu, mas mal sabiam elas que eles dividiam comigo a mais linda de suas qualidades: AMIZADE. Mostraram-me como duas turmas tão diferentes podiam me conquistar de uma forma tão linda. Tão preciosa. E conquistaram!

2ª Série B - 2010

Crescemos em cada Momento de Reflexão. Paramos a aula algumas vezes para conversar sobre a vida. Dividimos nossos problemas. E aí veio o primeiro baque para mim... Quase nenhum deles soube. A "psicologia" dizia que não era saudável o relacionamento mais próximo entre Professor e Alunos. "Se o Professor estiver sentado em um local fora da escola, e um aluno aparece, o 'código de ética' do Professor diz que ele deve se levantar e ir embora!" Eu concordei com a cabeça, em silêncio. O que falar diante de tamanho absurdo? Para mim, "Código de Ética" do Professor é entender o aluno. É ajudá-lo se preciso for e respeitar o espaço que pertence apenas ao próprio aluno. Ele tem família. Ele tem pais. Ele tem amigos. Mas se nenhum desses grupos o ajudarem, a quem ele deve recorrer? No meu caso, seguindo o MEU "Código de Ética", ele tem o Professor. Mas não vou negar que deste pequeno caso, aprendi alguma coisa, e isso foi muito bom também.

Chegou o final de 2010, e com ele o primeiro baque da separação. Os meus primeiros alunos, a primeira turma que lecionei por todo um ano, estava crescida. Estavam indo, em 2011, para o Pré-Vestibular. Eles iriam escolher o que queriam ser "quando crescessem"... Tão estranho pensar que o "quando crescessem" havia chegado. Doeu. Doeu sim e não tenho vergonha em dizer. Choramos, as duas turmas, no último dia de aula. Nos abraçamos. Agradecemos. Sorrimos também. Uma nova fase estava para começar. E começou...

3ª Série de 2011

 3ª Série de 2011

Eles se reuniram novamente em turma única. Alguns tiveram que sair por motivos justos. Outros que eu nunca consegui entender... e esses fizeram tanta falta. Os Professores mudaram. Eu me tornei mais Amigo do que Professor. Aos poucos, o nome "Professor" ia sendo deixado de lado (até com um pouco de incentivo meu), e "Sensei" foi prevalecendo. Virei o Professor de plantão de dúvidas! Antes da prova começar, se me viam parado em algum canto, logo sentavam junto para que eu tirasse alguma dúvida pendente. Isso me agradava. De alguma forma parecia que 2009 e 2010 estavam de volta. Mas não estavam. Ao soar do toque, eu ia para uma sala diferente da deles. Sala dos Professores? Nunca gostei muito. Sempre chego meia hora antes do toque e fico no banquinho do pátio da escola, distribuindo "bom dias" aos que vão chegando.

Um dos fatos curiosos de 2011, foi a aproximação com estudantes que sequer foram meus alunos. Alguns deles, de um instante para outro, pareciam ter cursado os anos anteriores comigo, e isso foi muito bacana!

Ano de Vestibular... muitos ficaram mais sérios, e a medida que o final do ano ia chegando, a preocupação era o sentimento mais nítido em seus rostos. Mas outro tipo de perturbação me incomodava. Justamente o final do ano. Tá, tudo bem que eles não eram mais meus alunos, mas ainda assim o encontro era semanal na escola. E em 2012? Como será? Simples... será diferente. É como se desde o início, eu os tivesse ajudado a cruzar uma Ponte. Durante dois anos os ajudei. No terceiro, eles conheciam o caminho pelo qual deveriam seguir, e na verdade surgiram até outros guias. Eu tinha que voltar ao início da Ponte para ajudar outro grupo que precisava atravessar também. Entretanto, mesmo do outro lado da Ponte, ainda dava para segui-los com o olhar. Ahhh e eu segui sim! Eles saíram das minhas mãos... Mas nunca de meus olhos. Ainda cuidava de muitos deles dessa forma.

Acontece que a partir de agora eles não estarão mais ao alcance de minha visão. E agora? E se passarem por algum aperto? E se precisarem de um conselho? E se tiverem vontade de chorar e não encontrar pessoas ao redor para ajudá-los? ... E agora? Agora é com eles próprios. Têm suas próprias pernas. Têm seus próprios braços. Terão seus próprios ferimentos. Terão seus próprios aprendizados. Não posso mais dizer onde está o caminho mais longo, ou o mais difícil ou onde pode haver armadilhas. Terão que VIVER!

Não posso ser egoísta! Na verdade, não sou!  Sei como é difícil, mas também sei como será necessário. Minhas mãos não os alcançam mais. Meus olhos não os alcançam mais. Será meu Espírito que estará algumas vezes com eles. Sim... este é Maior. Este tem essência divina. Pode estar em qualquer lugar que eu queira. E já sei onde quero que ele faça uma visita sempre: Ao lado deles!

Resta-me a guardada esperança que eles estarão bem. Que nos encontraremos em qualquer lugar, seja num supermercado ou num veraneio anos à frente. Resta-me a vontade de torcer para que quando este dia chegar, os encontre bem. Restam-me as lembranças. Restam-me as Saudades. Assim como restam-me os reencontros.

1ª Série CAdE - 2009 (as mesmas 2ªs Séries A e B de 2010 e a 3ª Série de 2011) : Saibam que vocês me fizeram perceber que eu amo a minha Profissão. É hora de dar um "Até logo" mais demorado. Mas não será  o último! O reencontro é certo para os que são AMIGOS.

Um ditado uruguaio finaliza bem esta postagem:

"Pude te ensinar a voar... Mas não posso seguir teu vôo!"

Que Deus os guarde por todo o Sempre.
Amém!

Vídeo em homenagem a vocês, com uma parte da nossa História de três anos...

domingo, 13 de novembro de 2011

EU POR MIM MESMO...

Apenas uma poesia que diz muito sobre mim...

QUEM SOU EU?
Lembro-me de ter feito esta mesma pergunta há alguns mil anos atrás... Não lembro se cheguei a alguma resposta, mas continuo tentando. Sou o mesmo espírito de séculos atrás, pois sou imune ao tempo, que é criação humana. Sou criação do Universo. Nasci de Deus. Sou cheio de defeitos e qualidades. Sou egoísta às vezes. Sou amigo sempre. Sou alheio às religiões. Sou adepto de Deus. Preferia salgados aos doces. Prefiro doces aos salgados. Sinto. Choro. Escrevo. Ensino e sou ensinado. Sou professor e tenho professores. Sou mestre. Sou aprendiz. Gosto da fantasia dos desenhos. Não gosto muito da realidade do mundo. Ponho no meu mundo real a fantasia dos desenhos. Sou forte quando estou com minha armadura. É raro me despir dela. Gosto de sorrisos. Adoro sorrir. Gosto de ouvir. Tenho Amigos. Não sei dirigir um carro. Estou aprendendo a dirigir minha Vida. Sucumbo a vontades. Gosto de dormir no escuro. Gostava de dormir com luz acesa. Escuto muito música. Aprendi a ter orgulho. Escolho minhas companhias. Nunca usei drogas. Sou o menino com medo de dentista. Sou o Homem sem medo dos gigantes. Não tenho medo da morte, apenas não queria morrer cedo. Tenho medo do sofrimento. Falo inglês, mas acho o italiano mais bonito. Não pratico esportes, porém já fiz futebol, basquete e natação (por um dia). Amo minha vida e minha existência. Quero fazer a diferença no mundo. Irrito-me fácil com a família. Prego o amor ao próximo, na medida do possível. É possível que haja um pouco de hipocrisia aí. Não sou perfeito. Sou sincero. Falso se precisar, mas sem a intenção de magoar. Já magoei pessoas. Não me lembro de ter sido muito magoado. Talvez nunca tenha me apaixonado. Gosto de sonhar. Gosto do cheiro do mar. Gosto da imensidão do mar. Tenho medo do mar. Quase me afoguei uma vez. Tenho poucas cicatrizes na pele. Uso óculos. Nasci e fui criado na mesma cidade. Amo minha profissão. Interesso-me pelo passado. Sou passado. Sou desafinado, mas adoro cantar. Gosto de cinema e da cor do céu nublado. Adoro chuva. Gosto do tempo frio e de sonetos. Sou carismático. Considero-me bem educado. Acumulo experiências doutras vidas. Acredito na reencarnação. Falta-me muitas coisas a aprender. Sei o que me falta aprender. Não consigo ainda aprendê-las. Gosto da palavra Tradição e de seu significado. Acredito em uma Egrégora dos bons. Acredito no bem. Acredito no mal. Tenho tatuagens no corpo e na alma. Sou poético demais quando escrevo, nem sempre isso é bom. Tenho inspirações quando já estou prestes a dormir. Nem sempre levanto para anotá-las. Sou monarquista. Amo o Brasil. Amo o Rio Grande do Norte. Nunca digo nunca. Às vezes erro. Às vezes acerto. Tenho senso de humor duvidoso. Não sou grudento nem gosto de estar próximo de pessoas grudentas. Não costumo ter preconceitos. Tenho medo de altura, mas gosto da vista que ela proporciona. Sou diferente. Gosto de ser diferente. Sou romântico. Não procuro a pessoa certa. Não sou a pessoa certa também. Não me apaixono facilmente. Não tenho pressa. Sou sozinho. Gosto de ser sozinho. Em alguns momentos me lembro que não posso ser sozinho. “A felicidade só é real se partilhada”, aprendi em um filme. Preocupo-me com os outros, principalmente com alunos. Geralmente estou disposto a ajudar. Não gosto de ficar suado. Já fiquei muitas vezes suado. Gosto não só do cheiro, mas também do som da chuva. Adoro o pôr-do-sol. Não gosto de fazer a barba e nem de cortar o cabelo. Já usei cabelo grande. Acredito em energias negativas e positivas. Acredito na transferência de energia entre as pessoas. Oro antes de dormir. Ora estou de bom humor. Oro quando acordo. Ora estou de mal humor. E há horas que fico sem nada pra fazer. Algumas horas são difíceis na Vida. Gosto de trocadilhos. Alguns minutos na Vida são de Felicidade. Sou Feliz, sempre que posso. Sou o mundo de alguém. Não gosto de responsabilidades, mas sou responsável. Enfim, sou parte do todo (talvez o todo em uma parte?). Um dia serei o vento. A brisa trás a essência do que ficou pra trás. Por isso serei passado e presente. Respire e sinta que está vivo. Quanto ao futuro... a Deus pertence!

sábado, 5 de novembro de 2011

PRA QUE CRESCER?


O título desta postagem pode desencadear inúmeras respostas! Muitas delas podem até soar tentadoras de serem aceitas, mas isso apenas se entendermos que a maturidade está diretamente ligada ao crescimento! Se isso não for uma verdade (como eu não acho que seja), nenhuma resposta será satisfatória.

Envelhecer nunca foi uma opção. Todos que vivam o suficiente chegarão à chamada "terceira idade". Mas crescer é uma opção! Muita gente opta por crescer antes da hora. Outros tentam seguir o rumo que a sociedade impõe: "Nasce - cresce - reproduz - morre". Se entendermos o "crescer" como uma mudança física, é bem verdade que todos cresceremos. Uns mais outros menos. Todavia, ainda não é este o sentido da palavra "crescer" que estou comentado. Crescer e reproduzir, também são opções.



Quando crianças, não podemos ser "gente grande". Devemos aceitar que alguém está "acima" de nós e tem o poder de nos fazer obedecer. Ainda estamos em uma fase de muitos aprendizados. É necessário haver essa hierarquia. Isso para que possamos, ao passar dos anos, ganhar maturidade para tentar entender como funciona o mundo e a vida. Para este papel, são (ou deveriam ser) importantes nossos pais, professores, familiares e amigos. Todos contribuem de alguma forma para que nossa maturidade vá tomando conta de nossa mente. Acontece que isso não quer dizer, necessariamente, crescer. Muitos (muitos mesmo) podem acreditar que sim. Eu não!


Para muitos, crescer é abandonar as coisas de criança. Eu discordo! Levo em meu coração as lições do Pequeno Príncipe e da Dona Raposa. As pessoas grandes são estranhas. "Todas as pessoas grandes já foram um dia crianças. Mas poucas se lembram disso." É a mais pura verdade. E quão maravilhoso seria o mundo se elas se lembrassem disso todos os dias. Eis uma qualidade minha, bastante perceptível para quem convive comigo: Eu Sou Criança! Eu Não Cresci! E complemento dizendo que sou uma pessoa muito mais madura do que a minha idade de 25 anos exige. Sei conversar com um garotinho de três anos e também com a maior autoridade do país, se necessário! Mas eu não cresci por opção.



Não crescer não é privilégio meu. Tantos outros optaram pela mesma coisa. Mesmo os que são frutos da imaginação de outra pessoa que optou por não ser "uma pessoa grande". O garoto Peter Pan decidiu ser sempre criança. Estou certo de que seu criador nunca abandonou a criança que um dia ele foi. A minha está comigo todo o tempo, e são raros os momentos em que peço para ela dar uma voltinha. Nem gosto desses momentos, por isso raramente eles surgem.


Quando algum adolescente me diz que eu deveria crescer, eu acho graça. Não me indago nem por um instante se minha opção foi a correta! Pelo contrário, penso como esse adolescente perderá de ver o lado bonito da vida se abandonar a criança que um dia foi e tão desesperadamente parece querer esquecer. Mas, como no início da postagem... a decisão cabe a cada um.

É absolutamente incrível como estou rodeado de amigos que não abandonaram essa infância. São adultos de aparência e são crianças de Espírito. Não temos vergonha de rir... Não temos vergonha de afirmar nossos gostos por bonecos, por desenhos animados, por revistas em quadrinhos, por video-games ... Somos poucos... é bem verdade. Mas somos suficientes. Somos o bastante para nós mesmos. Somos Amigos de infância, não por termos nos conhecido quando crianças, mas por termos nossas infâncias à flor da pele. Claro, mistura-se essa infância com compromissos importantes, com namoradas, com empregos e mesmo com construção de famílias próprias, mas uma coisa não impede a outra de existir.

Somos crianças maduras.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

ESTATICIDADE



Por anos a fio, estática.
Parada e presa qual bicho em armadilha.
Olhar perdido, mas intenso
Que vê o tempo, as gerações que passam.
Incansável em sua permanente pose
Como quem não desiste da mensagem a ser passada.
Perderam-se dedos, mãos e braços,
Ficaram os olhos brilhantes
No canto dum corredor quieto,
Onde um leve balançar de molho de chaves é
Inconfundivelmente ouvido,
Onde a vassoura que limpa as salas é ouvida,
Onde os passos mais apressados da criança inquieta
Não passam despercebidos
Pela eterna (des)atenção da estátua.
 
 
Escrita por mim em meados do ano passado...

domingo, 23 de outubro de 2011

NARUTO


A postagem desta semana é mais uma vontade pessoal de escrever sobre a série Naruto, do que uma propaganda visando despertar no leitor a vontade de assistir ou ler a série. Para deixar organizado, vou comentar sobre diferentes pontos que serão enumerados.

1. O que é Naruto?
→ É uma série de animê (desenho animado japonês) e mangá (Quadrinho japonês) criada por Masashi Kishimoto e serializada na revista semanal Shonen Jump desde 1999. Recebeu adaptação para animê em 2002, produzida pelo Studio Pierrot e exibida pela TV Tokyo. Naruto Shippuden é a segunda fase da obra e há uma passagem de tempo de aproximadamente três anos na série. A trama gira em torno de Naruto Uzumaki, um jovem ninja que constantemente procura por reconhecimento e tem o sonho de se tornar um Hokage, o líder máximo e mais poderoso de sua vila.
 
 
 O jovem protagonista quando criança
 
2. Por que postar sobre Naruto?
→ Meu primeiro contato com a série não foi o suficiente para me fazer acompanhá-la. Pra ser sincero, nem lembro quando aconteceu. Sei que anos mais tarde eu pude ter um novo contato, e a partir daí, decidi acompanhar não só o animê, mas também os mangás. Decidi postar sobre este assunto, pois a série Naruto consegue me fazer refletir sobre a vida. É de conhecimento de muitos, quase todos, pois não escondo de ninguém, que tenho respeito e admiração por muitos desses desenhos, que conseguem colocar em metáforas, aprendizados importantes à nossa vida, como questões de honra, amizade, não desistir dos nossos sonhos, aprender a lidar com a dor, etc.
 
Naruto já adolescente

3. Do que se trata a série?
→ Não vou falar que se trata de um menino que tem um sonho e tenta correr atrás dele. Vou mais além. Naruto aborda, para mim, dois temas que me são bem caros: Amizade e Solidão. Naruto cresceu sem os pais, sem muitos amigos, e odiado por muitos. É no primeiro episódio da série que ele descobre o porque. Como muitas crianças que passam por coisas parecidas, ele decide se tornar o centro das atenções para chamar atenção. Ser ignorado é um dos piores sentimentos que se pode sentir. Por isso, Naruto é um garoto travesso, que expõe alegria para todos, mas que sente um infindável vazio dentro do peito quando volta pra casa.
Amizade

Solidão

 É preciso saber superar os momentos mais dolorosos

Não importa se a vida não sorri para você!
Sorria para ela ainda assim...
 
4. A Amizade
→ Ainda nos primeiros episódios da série, Naruto consegue criar os primeiros laços afetivos de sua vida, e durante todo o tempo, lutará para mantê-los. A história ganha um contorno mais sombrio quando o seu melhor amigo, Sasuke, decide trilhar um caminho mais obscuro. Por suas razões ele necessita de poder e ele crê que o poder virá mais facilmente pelo "lado negro da força". Sasuke rompe os laços que há entre ele e Naruto e decide seguir seu próprio rumo. O personagem que dá nome à série não se cansa e termina por sempre correr atrás dessa Amizade. Até que ponto será que vale a pena lutar por um Amigo? Vale a pena lutar por ele mesmo quando ele não demonstra mais interesse em sua amizade? Naruto acha que sim, e uma das coisas que espero até o final da série é que ele obtenha sucesso também neste ponto!

Sasuke e Naruto

5. Os Sonhos
→ Por nunca ter sido amado ou considerado pelos habitantes de sua vila (que tem o nome de Konoha - Vila da Folha), Naruto decide que seu maior sonho será se tornar Hokage (o líder da Vila com maior poder e prestígio ninja). Apesar de muitos rirem, de quase ninguém ter acreditado nele, no atual desenrolar da série Naruto já é um ninja extremamente forte e que continua com seu sonho bastante vivo! Ele ensina que por mais que as pessoas tentem fazê-lo desistir de seus sonhos, isso não deve acontecer jamais.

6. As Metáforas
→ A série trabalha de forma muito bonita muitos sentimentos que nos são difíceis de aceitar ou compreender. Amizade, morte, solidão, companheirismo, ética e mais alguns outros. Para se ter uma noção, eu mesmo tenho tatuado algo relacionado a uma dessas metáforas. Ainda na primeira fase da série, vendo que o Sasuke procuraria por mais poder, independente da fonte, um dos vilões da série coloca nele um selo amaldiçoado.
 
 
 Selo amaldiçoado colocado através de uma picada
 
Este selo pode proporcioná-lo poder. O professor de Sasuke (que também é professor de Naruto), decide selar a maldição para que ela não se manifeste, entretanto, ao terminar de selar, o professor diz ao seu estudante algo como: "Este selamento não funcionará se você não tiver força de vontade!". Pronto! Taí uma das melhores metáforas da série. 
 
 Kakashi (o professor) selando a maldição.

Palavras de sangue estão se juntando para formar
um selamento ao redor da maldição

Selamento praticamente completo

Ficou assim!

O mal que acredito que exista dentro de nós não pode ser selado senão pela nossa própria força de vontade. O selamento do professor não é de muita utilidade. Na minha opinião, o que pode selar/impedir que o mal dentro de nós se manifeste de forma prejudicial? Amor, Sabedoria e Força, tudo isso ligado à nossa Energia Espiritual. Foi isso que eu tatuei!
 
 Já havia mostrado a tatoo aqui antes,
mas aí está ela! O Mal devidamente selado!

7. Final
→ A série ainda não acabou, mas tudo indica que não está muito longe de acontecer. Olhando por este lado, nem parece ser um desenho tão infantil assim, não é verdade? Uma boa semana a todos!

Naruto e Sasuke praticamente adultos...
Será que essa amizade tem volta?