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domingo, 24 de fevereiro de 2013

A ALIANÇA HISTÓRICA



 A Professora ergueu seu anel, de cor prata e com alguns dizeres, para sua turma. Ele era um dos objetos preciosos, de estimado valor sentimental, que ela havia levado naquela dinânica de sala de aula. E a partir dali, ela começou a lembrar e falar para seus curiosos alunos, sobre a Aliança Histórica.

A AH foi um grupo de amigos formado em 2007 por calouros do Curso de História da UFRN. A fundação aconteceu em uma manhã de domingo, no meio de uma aula de campo da disciplina de Pré-História, com o Prof. Walner Barros Spencer. Inicialmente, eram alguns amigos formando um grupo sadio de amizade sincera. Em pouco tempo, alguns foram sendo convidados à fazer parte. Em sua "época de ouro", contou com um vasto grupo.

Manhãs e tardes de bate papo, jogos de tabuleiro, trilhas, festas de aniversário, almoços e muita, muita risada, faziam parte das atividades desenvolvidas por esse grupo. Sem bebidas, sem cigarros... um grupo de jovens adultos que se divertia como crianças e adolescentes. Algo com uma pureza difícil de se encontrar.

Cada membro fundador da AH, escolheu para si um patrono. Uma espécie de alcunha protetora. No geral, deuses gregos e romanos, mas aos poucos, outros panteões foram se fazendo presentes. A cada novo membro, uma espécie de batismo era feito, e o nome de seu Patrono era, enfim, revelado. Geralmente o novo Aliado tinha um Patrono que possuía características parecidas com sua personalidade. O novo membro recebia de presente um anel preto, feito do coco. Geralmente vendido em feiras de artesanato. Com o passar do tempo, veio a ideia da AH adotar anéis de metal. Nele, por dentro, seria gravado o nome: Aliança Histórica e o nome do Patrono do dono do anel.

Muitos dos locais que o grupo costumava visitar receberam nomes próprios. "A Forja de Hefesto", "Templo Burguês", "Emoway Mall"... E assim eram combinados os novos encontros. Nem sempre todos podiam aparecer, mas quase sempre os encontros aconteciam.

Alguns membros da AH começaram a escrever pequenos contos e histórias com o grupo. Até mesmo um livro chegou a ser escrito, com uma aventura repleta de fantasia. "A Aliança Histórica e o docente que roubava", foi lida por poucas pessoas, mas permanece guardada com carinho. Era, ao mesmo tempo, a história da criação do grupo e uma crítica aos "casos obscuros" e verídicos que aconteciam na UFRN naquela época. A ficção se misturava à realidade. Mais de cem páginas de história.

 O tempo foi passando... e aquilo que tinha a promessa de ser eterno, foi-se, naturalmente, se disipando... como fumaça no céu. Não entendam mal... não é triste, mas sim, natural. A AH continua a se reunir, sempre que possível, mas não com todos os membros. Na verdade, o verdadeiro espírito despertado naquela manhã de domingo, e no nascer de cada novo membro, continua latente no coração dos que sentiram que aquilo seria, se não eterno, duradouro.

Independente do destino de cada um, independente dos frequentes ou tardios (re)encontros, "aquilo" continua para alguns. Sem mais a necessidade de nomear... de chamar de "Aliança Histórica". Talvez, para alguns, a lembrança boa tenha se tornado uma espécie de totem que insiste em não sair do dedo de alguns, ou mesmo de um lugar especial em seus quartos. Talvez seja a durabilidade desse anel, que, de fato, guarde a energia nascida (ou resgatada) por um grupo de jovens espíritos que, por um breve momento, se reconheceram como seus.

Voltando para a Professora do início do post. Após seus alunos conhecerem um pouco mais sobre aquilo, alguns dias depois, uma de suas alunas a procurou e pediu para rever o anel. A Professora não entendeu em princípio, mas quando se deu conta da empolgação da garota, lembrou de que anel estava falando. Naquela manhã, um novo grupo de amigos foi tocado pela mesma energia daquele domingo de 2007. Seis anos depois, com outro nome... com outro grupo... mas com a mesma ideia do anel, uma nova Aliança estava sendo formada. E que ela dure tempo suficiente para se tornar inesquecível... até que deseje despertar o coração de outros, e depois de outros... e outros...

Postagem Dedicada aos sempre Aliados da Aliança Histórica!

 Um pouco do grupo (nas fotos aparecem alguns que nunca fizeram parte, mas não deixavam de ser convidados para alguma reunião):



 
















segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

MÚSICAS JAPONESAS - ENTENDEU?

Saudações!!
Já pararam para perceber como o universo da música vai mal? Não acho que esteja agonizando (ao menos não no mundo), mas em nosso país a situação está feia. Claro que ainda há muita coisa boa (antiga e nova), mas cada vez mais, torna-se comum buscar refúgio em músicas de outros países.

A questão é: quem ouve música estrangeira que não seja, principalmente, em inglês e espanhol? Correndo por fora, o italiano e o francês. Pois é... Quando escutamos algo em uma língua não muito comum a nós, brasileiros, acostumamos a conviver com olhares tortos com certos preconceitos. "Mas você nem entende nada que o cara está cantando...", alguém abre a boca pra falar... e em 90% dos casos (de acordo com o SPR - Sensei Percentual Research), essas mesmas pessoas escutam os "lek, lek, lek, lek", ou "aê, aê, aê, aê, ei, ei, ei, ei, ôôôôô", e derivados.

Verdade! Mas estou aqui para ver se consigo quebrar um pouco do preconceito em relação a isso. No meu mp3 há músicas em português, inglês, italiano e . . . japonês! Sim... japonês. Praticamente todas relacionadas a animes (e aqui tem mais um desafio a ser superado: não basta ser música japonesa, tem que ser de anime?). Acontece que muitas músicas de anime são criadas por bandas famosas no Japão. E muitas delas, mas muitas mesmo, tem letras bonitas e profundas. Não... eu não entendo japonês, mas não escuto música em outro idioma sem antes ver a tradução (o que muita gente faz). Um caso famoso recentemente, é o do cantor sul coreano PSY. Gangnam Style dominou o mundo com seu ritmo contagiante. Alguém já foi buscar a tradução da música? Veja abaixo:






 

Não é a pior coisa do mundo, longe disso. É divertida, mas muitas pessoas nunca viram. E essas pessoas criticam as músicas de animes.

Como mencionei anteriormente, há muitas músicas realmente boas (em melodia, ritmo, letra...) relacionadas a esse universo japonês. Contam ou não, histórias relacionadas com o enredo do anime. Fato é que, se não gosta de ouvir, ao menos não olhem com olhos tortos para os que gostam e, mesmo, cantam. (Eu sei cantar algumas em japonês... por inteiro. rsrsrs).

Segue então, para que você perca o preconceito (caso tenha), algumas ótimas músicas japonesas e suas respectivas traduções. Confiram e tenham uma boa semana!

Toumei Datta Sekai (música) - Hata Motohiro (artista)

Dan dan kokoro hikareteku - Field of View

Sign - Flow

E muitas, muitas, mas muitas mais!
:)

domingo, 10 de fevereiro de 2013

CARNE VALE





Carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica em 590 d.C. É um período de festas regidas pelo ano lunar no cristianismo da Idade Média. O período do carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou do latim "carne vale" dando origem ao termo "carnaval". Durante o período do carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX. A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspirariam no carnaval parisiense para implantar suas novas festas carnavalescas. Já o Rio de Janeiro criou e exportou o estilo de fazer carnaval com desfiles de escolas de samba para outras cidades do mundo, como São Paulo, Tóquio e Helsinque.

O carnaval do Rio de Janeiro está atualmente no Guinness Book como o maior carnaval do mundo, com um número estimado de 2 milhões de pessoas, por dia, nos blocos de rua da cidade. Em 1995, o Guinness Book declarou o Galo da Madrugada, da cidade do Recife, como o maior bloco de carnaval do mundo.

A festa carnavalesca surgiu a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma. A palavra "carnaval" está, desse modo, relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da carne marcado pela expressão "carnis valles", que, acabou por formar a palavra "carnaval", sendo que "carnis" em latim significa carne e "valles" significa prazeres.


Em geral, o carnaval tem a duração de três dias, os dias que antecedem a Quarta-feira de Cinzas. Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, estes dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira (Terça-feira gorda, também conhecida pelo nome francês Mardi Gras). O termo mardi gras é sinônimo de Carnaval.
Carnaval de Veneza, Itália.

O carnaval da Antiguidade era marcado por grandes festas, onde se comia, bebia e participava de alegres celebrações e busca incessante dos prazeres. O Carnaval prolongava-se por sete dias na ruas, praças e casas da Antiga Roma, de 17 a 23 de dezembro. Todas as atividades e negócios eram suspensos neste período, os escravos ganhavam liberdade temporária para fazer o que em quisessem e as restrições morais eram relaxadas. As pessoas trocavam presentes, um rei era eleito por brincadeira e comandava o cortejo pelas ruas (Saturnalicius princeps) e as tradicionais fitas de lã que amarravam aos pés da estátua do deus Saturno eram retiradas, como se a cidade o convidasse para participar da folia.

No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporaram os baile de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos. Ao caráter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato atual.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

SAUDADE DE MIM


E que saudade é essa que eu sinto?
Saudade do que não tive... Saudade do que não vi.
O coração não acelera quando alguém passa,
E vem uma terrível sensação de que todos são iguais.

 

Estar apaixonado é muito mais, dizem os antigos poetas...
Temo que os novos não conheçam a sensação.
De qualquer forma, não me incluo no grupo das promessas eternas,
Nem dos sonhos construídos em par.
Talvez eu seja do grupo sim, dos antigos poetas,
Aqueles cujo amor não era correspondido, e a mínima nuvem cinza
Era responsável pelo tempestuoso céu.


Aqueles antigos que souberam amar, mas não conheceram
A reciprocidade do mesmo lençol.
Não conheceram a mesma cadência harmônica dos olhares.
Ah, os olhares... Descritos por uns como palavras,
Descrito por outros como silêncios...
E por alguns ainda, simplesmente não descritos.


Saudade... 
Chega a ser intrigante, a sua insistência em se tornar presente.
Quem dera que eu fosse a tua saudade.

 

Em, 25.01.2013