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domingo, 28 de novembro de 2010

MUITA CALMA NESSA HORA

É chegado o grande dia...
É chegada a hora pela qual tantos esperaram e estudaram...
Hoje (28.11.2010), amanhã e depois de amanhã, a UFRN realiza o seu vestibular. Serão escolhidos 6.384 candidatos, dentre os mais de 28.000 inscritos, para ocupar as vagas dos diversos cursos oferecidos pela Instituição.

Enquanto Professor, percebi a dedicação de muitos, bem como a força de vontade de se tentar de novo e de novo entrar no Curso escolhido. Sabemos que um Vestibular não é um processo fácil. São necessárias renúncias (muitas vezes), e a semana parece nunca acabar, pois desde o meio do ano, as aulas passam a ser de domingo a domingo. As saídas com os amigos, os cinemas, as festas... tudo parece ficar um pouco mais distante para quem está preocupado em entrar em uma boa Universidade e projetar um futuro bacana. Nem sempre se consegue renunciar totalmente, aliás, nem é para se desligar de vez do mundo e apenas estudar. É fundamental tirar um tempo livre destinado a isso, mas claro, é um ano especial, não se pode abusar.


Gostaria aqui de escrever a todos aqueles que eu pude contribuir de alguma forma para este momento. Pensei em enviar uma mensagem de incentivo pelo orkut, mas cometeria a injustiça de esquecer alguns, por isso decidi fazer este post. Se eu contribuí com um pouco de História, tirando alguma dúvida pelo corredor, por e-mail, cantando alguma paródia com a minha voz mais do que desafinada e nenhum dom para a música, ou mesmo com uma palavra de apoio, fico feliz! Espero que vocês mantenham a calma na hora da prova (isso é fundamental) e que não façam a prova pensando "Será que eu vou passar? O que meu pai vai pensar se eu não for aprovado? E minha família, vai achar que sou um fracassado?" Quero dizer-lhes que não pensem dessa forma. Se vocês estudaram com afinco, saiam da prova com o sentimento de que fizeram o melhor que podiam! Se vão passar ou não, em janeiro saberão. A aflição não mudará o resultado.

Este ano é a primeira vez que tenho um número grande de alunos e ex-alunos que farão vestibular, e estou ansioso para vê-los pela UFRN. Saibam que desejo todo o sucesso do mundo para vocês e que a corrida nos estudos começará a ficar mais intensa depois que vocês virem os nomes de vocês em uma lista ou passando pela tv.


Desejo a vocês muitos Circulares lotados, que vocês comam frango assado no RU (Restaurante Universitário), que procurem (e procurem, e procurem, e procurem...) livros na Biblioteca Central, que enfrentem filas e mais filas de Xerox... Enfim... Desejo uma vida universitária muuuuuuuito boa! Com tudo que tem direito! Vocês lutaram por isso e merecem!

Um grande abraço a todos e não se esqueçam de chamar para o churrasco!


domingo, 21 de novembro de 2010

CONVERSAS COM VERSOS


Converso com versos!
Não com pessoas, bichos ou flores.
Falo sobre traumas, tristezas, amores,
E também de todo o inverso.
Falo o que não devo;
Digo o que não quero,
Beijo cada letra
Como fosse amor eterno,
Pois são sinceros
Os versos com quem converso.
Ainda que digam que não,
Quem escreve é o coração
E isso basta para que Neles eu confie!
É certo que aqui e acolá dizem asneiras,
Mas que amigo não as diz?
Leio, escrevo, escuto e vejo o absurdo
De que Neles sou feliz.
Terminam por serem tantos,
E devo dar atenção a todos.
São, de minha religião, os santos
Em meio a tantos contragostos.
Sento à mesa do bar com eles
E tomamos todas do dia.
Embriagamo-nos com estrofes curtas
E vomitamos Poesia.
Somos companheiros para todas as horas
E para todos os tempos e dimensões.
Somos a simbologia que outrora
Era rabiscada em paredões,
E no final, junto tudo em um só verso:
Tenho o Universo,
Por conversar comigo mesmo.


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Escrita em 27.11.2009

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O MAIS INJUSTIÇADO DOS BRASILEIROS

"República no Brasil é coisa impossível porque será uma verdadeira desgraça. O único sustentáculo do Brasil é a monarquia; se mal com ela, pior sem ela." (Carta do Marechal Deodoro para um sobrinho, escrita em 13 de setembro de 1889, pouco mais de 2 meses depois, Deodoro ajudaria com o golpe da proclamação)
 

Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança, ou simplesmente Pedro II, é, ao meu ver, o mais injustiçado dos brasileiros!


D. Pedro II foi deposto do Império do Brasil por um golpe militar em 15 de novembro de 1889. É difícil, caro leitor, desmistificar a visão que se tem deste honrado brasileiro, quando somos ensinados desde pequenos com livros e professores tendenciosos; quando percebemos que a república criou todo o mecanismo necessário para se destruir uma imagem positiva da Monarquia Brasileira, para que as pessoas crescessem ignorantes à essa época. Acho que nem os mais otimistas deles esperavam que desse tão certo. Mas deixem-me apresentar-lhes um pouco mais sobre D. Pedro II.


D. Pedro de Alcântara não teve uma infância normal.

Nascido no Palácio de São Cristóvão (Quinta da Boa Vista), Rio de Janeiro, a 2 de dezembro de 1825, D. Pedro de Alcântara não teve uma infância normal... E nem poderia. Sendo o único filho homem do Imperador D. Pedro I a sobreviver à infância, tornou-se o herdeiro da Coroa Imperial do Brasil. Todo herdeiro de Trono é educado desde cedo para um dia assumir o posto que lhe é devido. Em todo caso, vejo isso como um fardo. Filho também de Dona Maria Leopoldina, arquiduquesa da Áustria, ficou órfão de mãe com pouco mais de um ano de idade. O pai, dizia com orgulho: "Meu filho tem sobre mim a vantagem de ser brasileiro."¹

Em 09 de abril de 1931, com apenas cinco anos de idade, o jovem Pedro, assustado, com seu pai e sua madrasta longe, foi aclamado Imperador do Brasil (que seria governodo por uma Regência até que chegasse à maioridade e pudesse assumir o Trono Imperial do Brasil.
 
D. Pedro de Alcântara, aos 12 anos
representado por Félix Emili Tounay, em 1837.

O jovem imperador passava a maior parte do tempo estudando e aprenderia, ao longo de sua vida, a falar e escrever em português, latim, francês, alemão, inglês, italiano, espanhol, grego, árabe, hebraico, sânscrito, chinês, provençal e tupi-guarani.² Sendo um monarca constitucional, sua educação era acompanhada atentamente pela Assembléia Geral que exigia por parte de Marquês de Itanhaém (Manuel Inácio de Andrade, seu segundo tutor, o primeiro havia sido José Bonifácio) relatórios acerca de seu progresso nos estudos.

A criação que recebeu o transformou numa pessoa tímida e carente e para fugir da realidade fez dos "livros um mundo à parte, em que podia isolar-se e proteger-se".³

Acontece que em meio às revoltas regenciais que ameaçavam a soberania do Estado Brasileiro, a população, que via em Pedro de Alcântara o símbolo vivo da unidade do país, desejava vê-lo em ação e saiam às ruas do Rio de Janeiro (então capital do Brasil) cantando a seguinte quadrinha:

"Queremos Pedro II

Embora não tenha idade!
A Nação dispensa a lei
E viva a Maioridade!" 4

Com a necessidade de um Imperador no Trono, e com o apoio popular, D. Pedro, ainda com quinze anos incompletos, foi declarado amparado pela Constituição, maior de idade e se tornou o segundo Imperador do Brasil, recebendo o título de D. Pedro II.
D. Pedro tornando-se maior de idade, com 14 anos,
assim poderia assumir o Trono Brasileiro.
Em seu governo, que durou 49 anos (1840 - 1889), houve desenvolvimento cultural e científico no país. Em um período onde era comum o entendimento científico de que existia de fato uma separação racial entre brancos, negros e amarelos, o Imperador sempre demonstrou um profundo ceticismo quanto a tal teoria e nunca se deixou convencer pela tese de diferenciação racial.
É fato que D. Pedro II não possuia escravos que trabalhassem para ele, preferia dar-lhes salários, bem como o fazia a Princesa Izabel. Possuía amigos negros, inclusive seu tutor desde a infância, o afro-brasileiro Rafael, veterano da Guerra da Cisplatina (Rafael viria a falecer em 15 de novembro de 1889, com mais de 80 anos, quando soube que o Imperador seria exilado do Brasil). O engenheiro André Rebouças, também negro, autoexilou-se à época da proclamação da república, em solidariedade.
 
Ao ser declarado maior de idade, recebeu de herança 40 escravos. Mandou libertar todos. 6
A tolerância do Imperador não se restringia somente aos negros, mas também aos muçulmanos, pois acreditava que a paz mundial seria sempre uma utopia, enquanto não se estabelecesse uma sincera conciliação entre o Ocidente e o Oriente. O mesmo se estendia aos judeus, como na vez em que respondeu ao seu amigo Gobineau a razão de não existir leis no Brasil contra os mesmos: "Não combaterei os judeus, pois de sua raça nasceu o Deus da minha religião". 7
D. Pedro II já adulto.

 D. Pedro era amante da educação, cultura e ciência, tendo contribuído grandemente para o Brasil nesses aspectos. Visto o tamanho que a postagem está tomando, e crendo na possibilidade de muitos não terem tempo ou disposição para lê-la, serei bem mais sucinto do que gostaria.
 
No dia 4 de julho de 1876, festa do centenário da independência americana, D. Pedro II se encontrava nos Estados Unidos, porém em caráter particular, como fazia durante as suas viagens. Estava programado um espetáculo de gala, do qual participariam o presidente Ulysses Grant e toda a representação do mundo oficial. Ao hotel em que estava hospedado como “D. Pedro de Alcântara”, foi-lhe enviado um convite para assistir à solenidade no camarote do presidente americano. D. Pedro agradeceu e devolveu, dizendo que não estava ali como Imperador, portanto não podia aceitar, mas que iria em caráter particular. E foi. Mas o mestre de cerimônias o conduziu a um camarote “particular”, vizinho ao do presidente. Quando D. Pedro apareceu no seu lugar, em companhia da Imperatriz, correu-se a cortina que separava os dois camarotes, e ele se viu ao lado do presidente, no mesmo camarote.

Desfraldaram-se nesse momento, unidas, a bandeira americana e a brasileira. Logo depois a banda entoou o hino brasileiro, e uma multidão entusiástica, de pé, saudou com prolongadas palmas e vivas o nosso Imperador. 8

Tão grande era a admiração dos americanos pelo nosso Imperador, que nas eleições presidenciais de 1877 ele recebeu, só em Filadélfia, mais de 4.000 votos espontâneos. 9

 
Brasão da Casa Imperial do Brasil

Com o surgimento do movimento republicano, Deodoro da Fonseca foi, momentos antes da proclamação, convencido de que seria o mais correto a se fazer. Às 23 horas do dia 14 de novembro, Deodoro assumiu o comando de 600 homens, cuja maioria não sabia o que estava ocorrendo ou acreditava que iria se defender de um ataque da Guarda Nacional ou da Guarda Negra. Alguns poucos republicanos deram vivas a república, mas Deodoro mandou-os calarem a boca. 10
Para os brasileiros, o Imperador Pedro II é a representação típica
da figura paterna sábia, benevolente, austera e honesta.

Quando a república foi proclamada, houve a primeira tentativa de desvio de dinheiro público desse sistema, quando um carregamento de ouro foi oferecido ao Imperador deposto para que ele levasse consigo para o exílio (sim, a Família Imperial foi banida do Brasil). D. Pedro II recusou. Era dinheiro dos brasileiros, não dele. E mais, o soldo que recebia por ser Imperador nunca aumentou em 49 anos de governo, ainda que a Assembleia fosse favorável. D. Pedro II é que não era. Bem parecido com os aumentos concedidos aos nossos parlamentares por eles mesmos. (Que desgraça!)
D. Pedro II e família no Palácio São Cristóvão, em Petrópolis, em foto de Otto Hees, a última antes do fim do Império. Da esquerda para a direita: a imperatriz, D. Antonio, a princesa Isabel, o Imperador, D. Pedro Augusto (filho da irmã da princesa Isabel, d. Leopoldina, duquesa de Saxe), D. Luís, o conde D'Eu e D. Pedro de Alcântara (príncipe do Grão-Pará)

De forma covarde, a Família Imperial foi obrigada a deixar o país ainda de madrugada. Rui Barbosa, relembrando o ocorrido, falou ao Major Carlos Nunes de Aguiar que estava ao seu lado assistindo de longe o navio levantar âncoras: "Você teve razão de chorar quando o imperador partiu". Era "o fim da monarquia mas não do mito chamado D. Pedro." 11

D Pedro II com filhas e genros.

O governo chefiado por Deodoro foi pouco mais que uma ditadura militar. O exército dominava tudo tanto no Rio de Janeiro quanto nos estados. A liberdade de impressa desapareceu e as eleições eram controladas por aqueles que estavam no poder.  
"Permita que lhe ofereça os meus pêsames: o Brasil acabou de cometer o erro mais fatal de sua história." (Presidente do Equador ao embaixador brasileiro que veio lhe comunicar o golpe da república)

O Imperador, fotografado por
Francesco Pesce.

Leiam o emocionante trecho do livro: Revivendo o Brasil Império, trecho esse que fala sobre a ida ao exílio da Família Imperial:

"Na sua viagem para o exílio, ao passar diante da última terra brasileira que veriam, os membros da Família Imperial decidiram enviar um pombo com uma mensagem, assinada por todos. Um criado escolheu um dos pombos mais vigorosos, que lhe pareceu capaz de transpor a distância que os separava da costa. D. Luiz de Orleans e Bragança, que tinha então 11 anos de idade, relatou depois, no livro 'Sob o Cruzeiro do Sul', as suas lembranças do episódio:


'Um pouco além de Cabo Frio – lembro-me como se fosse hoje – meu avô, querendo dar ao Brasil uma prova do seu inalterável amor, fez-nos soltar um pombo, em cujas asas ele próprio havia amarrado uma última mensagem. À vista da terra ainda próxima, a ave largou o vôo; mas um longo cativeiro lhe havia sem dúvida alquebrado as forças. Depois de haver lutado alguns momentos contra o vento, esmoreceu e vimo-lo cair nas ondas'.


O bilhete dizia: Saudades da Pátria. " 12

O imperador dom Pedro II com a imperatriz e comitiva:
em suas muitas viagens, um comprador compulsivo de fotografias, que viraram preciosidades.

Às 00:35 do dia 05 de dezembro de 1891, D. Pedro de Alcântara, o menino, o jovem, o senhor Imperador do Brasil, faleceu de pneumonia aguda, sem abdicar da Coroa, sua filha Isabel tornou-se a herdeira do Trono Imperial Brasileiro.

Enquanto preparavam o corpo de Pedro II, o Conde d´Eu encontrou no quarto um pacote lacrado e uma mensagem escrita pelo próprio Imperador: "É terra de meu país, desejo que seja posta no meu caixão, se eu morrer fora de minha pátria". O pacote que continha terra de todas as províncias brasileiras foi colocada dentro do caixão. Foram utilizados três caixões: um de chumbo forrado de cetim branco com uma tampa de cristal, onde depositaram o corpo, e outros dois que revestiram o primeiro: um carvalho envernizado e outro de carvalho recoberto de veludo negro.

O governo brasileiro, temendo uma reação popular favorável ao Império, negaram a possibilidade de manifestação oficial sobre a morte do Imperador. Contudo, as manifestações ocorreram e "a república se calou diante da força e do impacto das manifestações."  13

 15 de novembro, luto Nacional!

 Em 1914, seria de Rui Barbosa, o último dos republicanos que realizaram o golpe de 1889 (e também quem ordenou o banimento), que viria o mais famoso discurso em homenagem a Dom Pedro II:


"A falta de justiça, Srs. Senadores, é o grande mal da nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo nosso descrédito, é a miséria suprema desta pobre nação. […] De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto. Essa foi a obra da República nos últimos anos. No outro regime [na Monarquia], o homem que tinha certa nódoa em sua vida era um homem perdido para todo o sempre, as carreiras políticas lhe estavam fechadas. Havia uma sentinela vigilante [Dom Pedro II], de cuja severidade todos se temiam e que, acesa no alto, guardava a redondeza, como um farol que não se apaga, em proveito da honra, da justiça e da moralidade."
O presidente Epitácio Pessoa, assinou a lei (com uma pena de ouro oferecida pela Associação Brasileira de Imprensa) em 3 de setembro de 1920 que revogava finalmente o banimento e permitia o translado dos corpos. Seu corpo seria mantido temporariamente na antiga Catedral do Rio de Janeiro até o término da construção da Catedral de Petrópolis. O enterro definitivo ocorreria somente em 5 de dezembro de 1939 para inaugurar a capela mortuária na catedral de Petrópolis onde os restos mortais do Imperador e de sua esposa foram depositados.
Fica então neste Blog registrado meu tremendo e profundo respeito por este Homem que tanto fez pelo Brasil. Percebo hoje, na televisão, as pessoas comemorando um sistema que lhe dá desgosto! E isso me faz pensar como pareço um louco em meio a eles. Considero minha loucura parecida com a do Raul... Uma "loucura real"!

Que a História ainda possa compensar o mal feito ao mais injustiçado dos brasileiros: D. PEDRO II.

Em 1891, no ano em que deixou milhões de brasileiros órfãos.


 Referências:
1 - LOEWENSTAMM, Kurt, Imperador D. Pedro II: O Hebraísta no Trono do Brasil, Centauro, 2002

2 - CARVALHO, José Murilo de, D. Pedro II, Companhia das Letras, 2007, p. 226.
3 - Carvalho, 2007, p 29.
4 - OLIVIERI, Antonio Carlos, Dom Pedro II, Imperador do Brasil, Callis Editora, 1999
5 – Loewenstamm, 2002.
6 - ALCÂNTARA, José Denizard Macêdo de, D. Pedro II, o Patrono da Astronomia
7 - Loewenstamm, 2002.
8 - MANFREDO LEITE - Saudades - O Livro, SP, 1922, p.62.
09 - SEBASTIÃO PAGANO - Eduardo Prado e Sua Época - O Cetro, SP, 1960, p.286.
10 - Carvalho, 2007, p 216.
11 - SCHWARCZ, Lilia Moritz, As Barbas do Imperador, Companhia das Letras, 2002, p. 463
12 - DOM LUIZ DE ORLEANS E BRAGANÇA - Sob o Cruzeiro do Sul - Lith. Montreux, Montreux, 1913, p. 460.
13 – SCHWARCZ, p. 493

Ver mais no site da Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_II_do_Brasil



sábado, 13 de novembro de 2010

1/4 DE SÉCULO (GERAÇÕES)

Antropologicamente falando, 25 anos representa uma geração. Ou seja, a cada 25 anos, uma nova geração surge trazendo consigo novas esperanças, novos ideais, novas ideias (ou deveriam)... Os erros de sempre.

Engraçado como nós não nascemos tal qual estamos hoje. Nossa vida é uma junção de tudo que passamos, de nossas escolhas, de nossos comportamentos. Nem sempre eu fui monarquista, ou com um lado espiritual mais forte, ou mesmo Professor. Nem sempre... Tudo isso aconteceu por etapas. “Fazemos o nosso caminho e damos a ele o nome de Destino!” É um pouco do que acredito.

Em épocas passadas, tinha a sensação que não viveria muito tempo. Achava que 22 anos era uma idade avançada para mim. Não lembro de ter compartilhado este sentimento com alguém, antes de mudar de ideia. Mudei de ideia, pois a vida fica melhor assim. Cheguei aos 20, aos 22 e assim vou seguindo.

Se estou aqui hoje, em 13 de novembro de 2010, escrevendo sobre mim, é porque pessoas me ajudaram a ser quem sou hoje. Gostaria de falar o que acho correto pessoalmente a todos, mas isso já é um começo. Sou obrigado a lembrar alguns nomes aqui. 

Maria das Dores Cavalcanti – Morei por oito meses e três semanas em seu ventre e devo ter lhe causado enjôos e náuseas. Mas sem você eu não estaria aqui agradecendo. Você sempre quis ter um filho chamado “Rodrigo”, e eu fui a realização deste sonho! Mãe... isso basta para que eu viva.


Jonilson Silveira Felipe – Alguém que me proporcionou um dos maiores bens que se pode proporcionar a alguém: educação. Sou grato por todo o esforço e oportunidades que me foram dadas e espero ter aproveitado todas. Espero poder proporcioná-las aos meus filhos, será uma forma de retribuição, além de, é claro, todo o amor e preocupação concedidos. Ainda que às vezes não parecesse, sempre foi recíproco. Pai... os melhores momentos estão guardados e nunca se perderão.


Eliezer Cavalcanti Felipe – Bem ou mal, quem morou comigo por pelo menos duas décadas. Quem entre brigas e mais brigas resolvia algum problema na escola ou levava a minha bolsa no caminho de volta pra casa. Somos muito diferentes, mas compartilhamos uma Família, e eu sempre fiz questão de esquecer isso. Não sei como será o futuro, mas penso que o sangue realmente é algo sagrado. Nós possuímos o mesmo.


Parentes – Não vou citar todos (são muitos), nem vou citar um só (é sacanagem :P). Avôs, avós, tios, tias, primos e primas... vocês são especiais e eu quero que saibam que gostei de crescer junto à vocês. Obrigado pelos tantos momentos de felicidade juntos, que venham muitos mais... Êta família doida... A Família Adams perde.
Amigos – Não vou citar todos (são muitos, graças a Deus), nem vou citar um só (é sacanagem :P). Amigos de infância que não tenho mais contato, amigos de esconde-esconde na rua, amigos de escola, amigos de Universidade, amigos... simplesmente amigos. Vocês SÃO minha força! Vocês são parte da armadura espiritual que visto toda manhã e saio para a batalha da vida! “Viver, é ser soldado!” Amo vocês, e vocês sabem disso... A vocês não tenho vergonha de falar.


Alunos – Não vou citar todos (são muitos), nem vou citar um só (é sacanagem :P). Vocês deram um up na minha vida. Vocês me tiram da cama às 05:40 praticamente todos os dias, e EU NÃO ME IMPORTO! Vocês me fizeram ter Amor à minha profissão. De vocês eu recebo abraços, apertos de mão, palavras de carinho, lembranças... Com vocês eu permaneço sempre com o Espírito jovem. Obrigado do fundo da minha Alma. E lembrem-se: SEJAM GRANDES!


Sonhos – Obrigado por suas essências. Obrigado por alguns terem se realizado, obrigado por se manterem firmes em meus pensamentos. Obrigado por estarem vivos sejam em páginas de mangás, sejam em capítulos de desenho, sejam em filmes, sejam em livros... Obrigado por existirem. Meus sonhos, independente de realizá-los ou não, são REAIS.
Walner Barros Spencer – Eterno Professor. Me encontrei após ter te encontrado! O senhor me influenciou a influenciar e não há formas de agradecer por isso.

 
Deus – Por de fato existir e por ter me permitido VIVER ¼ de século. Uma geração. Hoje, 13 de novembro de 2010, faz exatamente dois anos de uma maravilhosa revelação. Sou deus contigo. Compartilho de Tua essência, pois Dela me criaste. “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte não temeria mal algum, porque Tu estás comigo!”

Hoje sou grato por estar vivo e por ter vivido!
Que venham as próximas gerações...

Rodrigo Cavalcanti Felipe
SENSEI

sábado, 6 de novembro de 2010

O RENASCIMENTO DA FÊNIX


Caros leitores,

Esta é uma postagem especial.
Antes de mais nada, deixem-me apresentar a Ave Fênix: Mitologicamente falando, é uma Ave que sempre renasce das suas próprias cinzas. A lenda diz que só existe um exemplar no mundo. E para quem se interessar em saber mais sobre essa linda história, aconselho a postagem do meu amigo Henrique Rodrigues, em seu Blog SAPIENS CORDIS:

Pois bem, nos últimos dias não estive muito bem. O resultado das eleições presidenciais não foi o esperado para mim. Contudo, a derrota não foi das piores, e vocês verão por que. Basta esperar.

É bom saber que mais de 44 milhões de brasileiros formaram uma trincheira a favor da democracia no Brasil. Mas, vamos deixar um pouco a política de lado hoje.

Eu tento ver o copo com água sempre metade cheio, não vazio. Pergunto-me por que seria agora que faria diferente. Não! Na verdade, descobri que a luta está apenas começando. Tomei para mim, como tantas pessoas, o sentimento da Fênix.

(Neste exato momento em que escrevo, entendo a “Vontade do Fogo de Konoha”)

Sou eterno, como a Fênix, não porque não morrerei um dia, mas porque sempre existirão pessoas que continuarão meu trabalho. Assim como hoje continuo o de outros. Nós fazemos parte da EGRÉGORA.

O Blog SENSEI QUE NADA SEI, está, hoje, 06 de novembro de 2010, renascendo. Tal qual Fênix, exalou seu luto por um breve tempo, e agora está apto a retornar com a chama da Juventude de Espírito.

Mais do que nunca, o castelo onde está minha integridade, caráter, hombridade e respeito, está solidificado. Mais do que nunca, o relicário onde guardo todas as minhas simples conquistas, está num ponto em que os calhordas nunca poderão alcançar. Mais do que nunca, continuarei me condenando, ao me julgar, e me orgulhando, ao me comparar.

Enquanto este Blog está renascendo, há outro, que está nascendo e que brevemente postarei notícias dele aqui. Tenho apenas o prazer de informar que este pode ser o momento em que as FÊNIX dos mais diversos lugares estarão (re)nascendo juntas.

Desde então, agradeço aos meus amigos de luta e todos que me apoiaram e continuam me apoiando nessa jornada. Saibam que...

ESTAMOS JUNTOS!!!