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domingo, 5 de setembro de 2010

INDEPENDÊNCIA OU MORTE!

Bandeira do Brasil por, Jean Baptiste Debret.

Dom Pedro estava voltando à São Paulo, após uma viagem a Santos. Era 16 horas e 30 minutos do dia 07 de setembro de 1822, quando o correio alcançou Dom Pedro nas margens do Rio Ipiranga e entregou-lhe as cartas. Ele começou a lê-las.

Eram uma instrução das Cortes portuguesas, uma carta de Dom João VI [seu pai], outra da princesa [sua esposa Dona Leopoldina] e um ofício de José Bonifácio. Todos diziam a mesma coisa: que Lisboa rebaixava o príncipe a mero delegado das Cortes, limitando sua autoridade às províncias, onde ela ainda era reconhecida. Além disso, exigiam seu imediato regresso a Portugal, bem como a prisão e processo de José Bonifácio. A princesa recomendava prudência, mas José Bonifácio era alarmante, comunicando-lhe que além de seiscentos soldados lusitanos que já haviam desembarcado na Bahia, outros 7 mil estavam em treinamento para serem colocados em todo o Norte do Brasil. Terminava afirmando: "Só existem dois caminhos: ou voltar para Portugal como prisioneiro das cortes portuguesas ou proclamar a Independência, tornando-se imperador do Brasil."

Dom Pedro sabia que o Brasil esperava dele uma atitude. Depois de ler, amassou e pisoteou as cartas, montou seu cavalo [uma mula na verdade] e cavalgou até às margens do Ipiranga e gritou à guarda de honra: "Amigos, as cortes de Lisboa nos oprimem e querem nos escravizar... Deste dia em diante, nossas relações estão rompidas!"

Após arrancar as insígnias de cores azuis e brancas de seu uniforme, o príncipe sacou a espada e gritou: "Por meu sangue, por minha honra e por Deus, farei do Brasill um país livre!", em seguida, erguendo a espada, afirmou: "Brasileiros, de hoje em diante nosso lema será: Independência ou Morte!".
 D. Pedro I, Defensor Perpétuo do Brasil

Momento em que Dom Pedro proclama a Independência do Brasil nas margens do Rio Ipiranga em São Paulo. A notícia se espalhou por todo o Brasil. O povo cantou e dançou nas ruas. O Brasil nao era mais uma nação acorrentada. No dia seguinte, iniciou a viagem de retorn ao Rio de Janeiro. Na capital foi saudado como herói.

No dia 1º de dezembro de 1822, aos 24 anos, foi coroado imperador do Brasil e recebeu o título de Dom Pedro I.


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Tá... tudo bem. Não foi tintin-por-tintin como está aí. Era uma mula (burro?), não cavalo. O povo em geral não teve participação no processo de Independência. Entretanto, continua sendo um momento ímpar e glorioso na História deste país! Que o 7 de setembro seja lembrado para sempre, e que a lembrança dos que lutaram por essa liberdade nao seja maculada por tantos! Segue abaixo a letra do Hino da Independência. Leiam e reflitam! E vamos ter cuidado com os regimes ditatoriais que estão sondando nosso Brasil.

Vídeo do YouTube com o Hino da Independência:
Hino da Independência.
Letra: Evaristo da Veiga
Música: D. Pedro I

Já podeis da Pátria Filhos
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil (bis)

Estribilho
Brava gente brasileira
Longe vá temor servil;
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil (bis)

Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil:
Houve mão mais poderosa
Zombou deles o Brasil. (bis)

Estribilho

Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil:
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil (bis)

Estribilho

Parabéns, Ó! Brasileiros
Já com garbo juvenil
Do Universo entre as nações
Resplandece a do Brasil (bis)

Estribilho


2 comentários:

  1. Caro Rodrigo

    Uma mula é uma mula; um burro é um burro (ou mulo), um bardoto é um bardoto, um jumento é um jumento, um cavalo é um cavalo. O último é equino, os demais são muares, sendo que os dois primeiros são bestas, isto é, estéreis.
    Realmente, não deveria ser um cavalo, pois eeste animal era frágil na andaduira, cansava rapidamente e facilmente se estropiava dos cascos. Quase que impossívelfazer-se um a viagem do Rio a São Paulo em um deles, aionda mais em uma viagem rápida como aquela. Mas não deveria ser uma mula, e sim um mulo, pois ´~ao era de bom tom na [época que alguém adulto montasse em animais fêmeas, por razões elementares. Ademais, os mulos eram utilizados nas viagens dos tempos coloniais, so sendo bem substiruídos depois da implantaçãop dos carros movidos a motor. As mulas serviam para o trasnporte das mercadorias.
    Não há portanto nenhum demérito nesse fato. De mais a mais, o uso pejorativo do termo "burro" é devido ato deste animal de empacar e negar-se a seguir adiante de vez em quando. Isto é, 'opiniático'.;
    Depois, não entendi - posto no tempo - o que quiseste dizer com "o povo... não teve participação no processo".

    Um abraço

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  2. Caro patrício,

    fica aqui meu agradecimento pelos esclarecimentos a respeito das diferenças acerca do cavalo, mula, mulo, burro, etc. Um pouco mais para minha, ainda incipiente, cultura. Aprendi que cultura não se perde, se acumula!

    Quanto à participação do povo, realmente... A postagem foi de última hora e, infelizmente, descuidada (tomarei mais cuidado doravante). A ideia de que o povo não tenha participado realmente está imposta em livros tendenciosos, fontes as quais já fui obrigado a beber. Contudo, os tempos agora são outros e tenho a obrigação de ser mais cauteloso.

    O dia do Fico (09.01.1822) e a noite das Garrafadas (13.03.1831), foram exemplos de participação popular na trasição para o Império, inclusive, este último, com a abdicação de D. Pedro I em favor do seu filho Pedro de Alcântara.

    No mais, obrigado pelo olhar crítico! Isso me ajuda a melhorar a qualidade do Blog.

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