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sábado, 10 de julho de 2010

FALTOU UMA ASSINATURA...

Interessante notar como talentos/dons nascem com as mais variadas pessoas. Cor da pele, situação financeira e mesmo estudo não são premissas para se ter um dom. Talvez a oportunidade possa fazer germinar a semente que está dentro de cada um. Creio que estudo, dinheiro, força de vontade, são elementos que, definitivamente, podem ajudar no desenvolvimento deste dom, assim como creio que alguém que não nasceu com o dom, por exemplo, para desenhar, pode aprender! Quem não nasceu com o dom de cantar, pode aprender também! A diferença é que essas pessoas possuem um limite para seus aprendizados. Ela pode chegar a até vender muitos quadros/telas (no caso do pintor), mas nunca a pintura será tão “simples” para essa pessoa como o é para outra que possua o chamado “dom”.

Aprender... Creio que possamos aprender qualquer coisa que nos dispusermos a tentar. Talvez quase qualquer coisa (visto que eu não tenho talento algum para desenhar). Como sempre vou puxar a sardinha para o meu lado. Lecionar, por exemplo, acredito que seja um verdadeiro dom. Quem está no ramo sabe que, se você não possuir aptidão, não gostará do seu trabalho. E como isso é perigoso...

Penso que tenho ainda um ou outro dom, um que até imagino qual seja, contudo, gostaria de ter o de cantar! Sou extremamente desafinado, quem já me ouviu cantar sabe disso. O engraçado é que minha mãe é afinada! Nunca cantou fora de casa, mas foi sua voz afinada que embalou meus sonos na infância ou mesmo enquanto estava no quarto e a escutava (ou melhor, escuto) cantando hinos antigos. Quem sabe da próxima vez. Hehehe

Pois bem, aonde quero chegar com esse papo? Vamos lá.
Estava eu no famosíssimo (pela minha propaganda) Pastelouco aqui perto de casa (responsável pelos meus 2kg a mais nessas férias) com meu primo Tronn, quando não mais que de repente surge um homem vendendo telas. Três delas. As temáticas eram sertanejas. Uma delas me chamou mais atenção que as outras e chamei o artista para ver de perto.

O cara parecia bem humilde mesmo e ansioso para vender alguma das obras. Perguntei se ele era o artista e ele respondeu que sim. E parabenizei pelas obras, mas disse que ficava pra uma próxima. Ele ainda tentou me convencer a comprar, não deu certo. Então ele foi para outras mesas e quando notava o olhar de algum interessado, se tornava o próprio mostruário.

Foi quando uma mulher sentada em outra mesa conversou um pouco com ele. Ela parecia interessada. Deixou as outras duas pessoas que a acompanhava na mesa e saiu com o artista para outro local. O homem deixou as telas encostadas na parede. Enquanto meu primo conversava comigo, eu o escutava sem tirar os olhos da cena. “Ela vai trocar o dinheiro para levar uma!”, pensei. “E será a que eu mais gostei!” concluí o pensamento com um tanto de tristeza.

A mulher voltou com o artista. Ela não comprou! Continuei a olhar a obra de longe e, como se soubesse que me convenceria, o artista percebeu que eu continuava olhando e deu um sorriso levantando a tela para mim, como que dissesse: “Você quer essa que eu sei, compre!”. Ainda relutei e apenas meneei a cabeça.


Enfim o homem parecia cansado de mostrar suas obras e creio que estava prestes a deixar o local. Olhei pro meu primo ao lado e disse: “Tem a grana aí pra me emprestar?”, a resposta foi positiva! Sem pestanejar, tentamos chamar a atenção do artista ambulante que vendia o fruto de seu dom pelas ruas (que drama... afff xD) e quando ele percebeu veio até nós!


Escolhi alegremente a obra que julguei mais bonita e paguei por ela. Não vou revelar o preço sei lá por que, mas garanto que foi barato! Agradeci a ele, parabenizei-o novamente pelo dom, desejei sorte para as próximas vendas e apertei sua mão. Esqueci-me de um detalhe importantíssimo... não perguntei seu nome.

Como se não bastasse, a decepção maior ainda estava por vir. Um pouco mais tarde, quando o homem já havia deixado o local, constatei que não havia uma assinatura na tela... Pois é amigos... o artista não deixou seu nome na obra. Uma pena! Pensei em diferentes razões para isso:
1 – Talvez algumas pessoas não comprassem por se tratar da assinatura de alguém desconhecido, e isso impediria algumas vendas;
2 – Talvez não fosse ele o verdadeiro artista (menos provável, visto que ele negociava os preços e tal... parecia ter o poder sobre as obras);
3 – Humildade simplesmente. Talvez não estivesse preocupado com nome e sim em levar algum dinheiro para casa (acho mais provável)...
A obra é grande, em torno de 70x100cm e, como já disse, muito bonita.
Bem, chega de papo furado. Como prêmio por terem lido até aqui esta postagem, segue abaixo a imagem da obra, sem título, sem assinatura, cujo nome do autor eu desconheço, mas que pretendo colocar em uma moldura e guardar por muitas décadas! Talvez vocês pudessem dar um título pra ela. Boa semana a todos!

3 comentários:

  1. Parece um "velho caminheiro" que eu conheci um dia...

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  2. Eu a chamaria de "Infinito Sertão".

    Daniel Melo

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  3. A obra é realmente linda .

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