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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

ESTATICIDADE



Por anos a fio, estática.
Parada e presa qual bicho em armadilha.
Olhar perdido, mas intenso
Que vê o tempo, as gerações que passam.
Incansável em sua permanente pose
Como quem não desiste da mensagem a ser passada.
Perderam-se dedos, mãos e braços,
Ficaram os olhos brilhantes
No canto dum corredor quieto,
Onde um leve balançar de molho de chaves é
Inconfundivelmente ouvido,
Onde a vassoura que limpa as salas é ouvida,
Onde os passos mais apressados da criança inquieta
Não passam despercebidos
Pela eterna (des)atenção da estátua.
 
 
Escrita por mim em meados do ano passado...

2 comentários:

  1. Nunca perguntei, mas suas poesias são feitas do que acontece no seu di a dia ou sentimentos da sua pessoa??? Ou são frutos de uma imaginação muito foda, tipo coisas que vc inventa no momento?? rsrs

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  2. hehehe Oi Miguel!

    Depende... às vezes vem do cotidiano, de experiências vividas, às vezes é só inspiração mesmo! Já escrevi sobre coisas que nunca vivi. E no caso dessa poesia da postagem, eu estava na escola CIC, esperando Marília e estava sentado num corredor sozinho. Daí vi uma estátua. Fiquei me perguntando quanto tempo fazia que ela devia estar ali... quantas crianças ela já tinha "visto"... talvez gerações... daí surgiu a poesia! :)

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