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sábado, 23 de junho de 2012

SER DIFERENTE É NORMAL


No mundo de hoje a informação está cada vez mais acessível a todos. A internet vem como uma ferramente incrivelmente eficaz para aqueles com sede de conhecimento. Em contrapartida, a ignorância é a maior base de todo e qualquer preconceito.

Quem é Professor sabe que tem que lidar com todo tipo de gente, todos os dias. Saber respeitar as diferenças não é suficiente. Deve-se ENSINAR o outro a respeitar as diferenças. Ensinar que cada mente é um universo repleto de pensamentos que, nem sempre, serão iguais (ou mesmo parecidos) com os que pensamos. Mas e quando essa diferença destoa das demais? E quando essa diferença se torna o foco das atenções? O que fazer?

Em minha curta vida profissional já tive a oportunidade de me deparar com algumas experiências interessantes, e sei que outras estão por vir. Atualmente sou Professor de um(a) aluno(a) com Síndrome de Down, e aqui e acolá, tenho que ser mediador de uma situação em sala de aula envolvendo o(a) estudante. Para mim, é uma oportunidade de ensinar respeito, paciência, solidariedade, tolerância... valores! E muito se engana quem acha que o discurso vai apenas para os "normais". Uma das coisas a se fazer é ensinar também o "diferente", pois se tratarmos diferente uns e outros, estaremos reforçando essas diferenças. Precisamos entender que é normal ser diferente. Já, inclusive, tirei o(a) estudante com Down de sala por mau comportamento. (Saiba mais sobre a Síndrome de Down clicando AQUI)
Propaganda com uma menina Down

Em uma empresa que trabalho, há um(a) jovem com Síndrome de Prader-Willi, um distúrbio genético no qual os genes do cromossomo 15 estão faltando ou não são expressados. Essa síndrome é caracterizada principalmente por polifagia (fome excessiva e ingestão anormalmente alta de sólidos pela boca), pequena estatura e dificuldade de aprendizado. Não sou Professor do(a) estudante, mas imagino que também devem existir dificuldades em sala de aula na convivência com todos. Acredito ser algo mais difícil de lidar do que o Down, pois este último é mais comum e acredito que as pessoas aceitam mais facilmente. Parece que quanto mais "diferente", maiores as chances de haver preconceito. (Saiba mais sobre a Síndrome de Prader-Willi clicando AQUI)

Também já tive a oportunidade de lecionar a um(a) aluno(a) com certo nível de autismo. Devo dizer que foi um(a) dos(as) estudantes mais educados(as) e inteligentes que já tive. O convívio com esta pessoa era ótimo e nenhum de seus colegas nunca soube de seu diagnóstico. Mas gostaria de deixar uma pergunta aos leitores: será que se todos soubessem de seu diagnóstico, todos, sem exceção, agiriam da mesma maneira, ou haveria preconceito? E por que haveria? Reflitam sobre isso.(Saiba mais sobre o Autismo clicando AQUI)

Conheço também um caso de um(a) estudante que tem a Síndrome de Asperger, uma síndrome do espectro austista diferenciando-se do autismo clássico por não comportar nenhum atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do indivíduo. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Asperger) Um fato interessante que ocorreu este ano, foi que reencontrei uma colega de escola no universo da Blogosfera. Ela se chama Nataly Lima Pessoa, tem 26 anos e descobriu recentemente que possui essa síndrome. Nataly está mais tranquila agora, pois além de poder se conhecer melhor, ela começou um trabalho belíssimo com um Blog. Um trabalho de divulgação e conscientização sobre a respectiva síndrome e sobre o autismo. Em pouquíssimo tempo (ela iniciou o blog no dia 4 de junho), ela já recebeu várias mensagens de incentivo e agora está cada vez mais engajada na ideia. Tenho certeza que ela influenciará muitas pessoas. O seu blog vale muito a pena ser lido. Nele ela conta um pouco de sua história e nos esclarece muito mais sobre esse universo tão distante de algumas pessoas. Confiram seu Blog ESPAÇO AUTISTA (Clique no nome do Blog para acessá-lo).
10 Coisas que uma criança com Síndrome de Asperger
gostaria que você soubesse.

A dislexia também é algo razoavelmente comum entre as pessoas. Já tive e tenho contato com alunos(as) dislexos(as). A dislexia caracteriza-se por uma dificuldade na área de leitura, escrita e soletração e não está correlacionada com problemas de desenvolvimento. É durante a alfabetização que essa dificuldade costuma  ser identificada, sendo comum provocar uma defasagem inicial de aprendizado. Pessoas dislexas apresentam dificuldades na associação do som à letra e também costumam trocar letras, como por exemplo, o "b" com o "d". O convívio com pessoas dislexas é absolutamente normal e saudável. Não há diferenças de comportamento. (Para saber mais sobre a Dislexia, clique AQUI)

E para finalizar, existe um outro caso, este bem mais comum, que é o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, o famoso TDAH. Aí já tive e tenho vários alunos com esse transtorno diagnosticado. Esta é uma síndrome, segundo a Wikipédia (com outras referências por lá), caracterizada por desatenção, hiperatividade e impulsividade causando prejuízos a si mesmo e aos outros pelo menos em dois contextos diferentes (geralmente em casa e na escola/trabalho). Este talvez seja o mais comum, mas é um dos mais difíceis de se lidar, visto que a hiperatividade do aluno ou aluna faz com que a aula do Professor seja afetada em muitos casos. Deve-se criar estratégias para se trabalhar em uma sala com estudantes TDAH, pois é tênue a linha que separa um simples aluno bagunceiro e um que tenha esse transtorno. (Saiba mais sobre o TDAH clicando AQUI)

Pois é, caros leitores. Ser Professor não é nada fácil. Além de ser a profissão mais linda, na minha opinião, pois, como dizia D. Pedro II, prepara a mente dos jovens para o futuro, temos que aprender a lidar naturalmente com todas as diferenças, pois como vamos ensinar algo que não sabemos? Espero que tenham curtido a postagem!

Boa semana a todos!

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